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sexta-feira, 8 de março de 2013

COM QUE ENTÃO... FALAR DO DESEMPREGO É APROVEITAMENTO POLÍTICO!


E por aqui? Ainda ontem ouvi o senhor deputado Jaime Filipe Ramos (PSD) dizer, na Assembleia, que "nenhum deputado desta casa deve fazer política daquilo que é uma desgraça que afecta muitas famílias. Isso é muito mau, é muito mau tentar ganhar votos com o sofrimento das famílias". Ora bem, denunciar os erros estratégicos do governo regional em matéria de política económica e de emprego, enquadrar e propor soluções "é muito mau" (...) porque isso visa "ganhar votos com o sofrimento das famílias". E se o senhor deputado com esta sistemática lengalenga política fosse cantar para outra freguesia? Então, quando o governo se vangloriava de taxas que quase significavam pleno emprego, quando os discursos na Assembleia, por parte da maioria, eram de eloquência pelo trabalho do governo, isso não significava a promoção de uma imagem com clara intenção eleitoralista? E quando a oposição salientava que tais políticas eram efémeras, que o desastre se aproximava, não correspondeu ao tempo de catalogarem a oposição de "profetas da desgraça"? Mais, ainda: pergunto, o que está o senhor deputado a fazer na Assembleia? A tapar o Sol com a peneira? A tentar esconder uma realidade que a todos preocupa? Senhor Deputado, não se lamente, pois apenas estão a levar com a tempestade que semearam. Não mais do que isso. Daí que os madeirenses estejam a pagar a factura do desnorte, do regabofe, da ausência de planeamento, da ambição política desmedida e sem controlo. Estão a pagar a factura do quero, posso e mando, pelo que não ficarei espantado se o DCIAP entender existir matéria para julgamento dos que directa ou indirectamente estiveram envolvidos na "obra" que hoje sabemos ser de aflição para todos quantos aqui vivem.

Eles riem e o povo que "aguente"
Exclama o povo: "é teimoso que nem um burro"! Pergunta o leitor: a propósito de quê? Do Primeiro-Ministro, respondo.
Oiço-o dizer que não se rende aos sinais da rua. Que não governa em função das vozes provenientes das manifestações. Ora bem, a Economia afunda, o desemprego cresce, a pobreza dispara e o homem prefere olhar para os "amigos" europeus e não para o povo que lhe deu o voto para governar. Prefere cair nas graças de uma Merkel ou de um outro político qualquer, rendido aos bastidores do palco europeu, do que defender os interesses nacionais. Segue o princípio há muito por si anunciado: temos de empobrecer! Exactamente o que outros desejam. E, de facto, estamos a empobrecer. E de que maneira! A classe média desliza, todos os dias, para situações de desespero, os descendentes regressam a casa dos pais e dos avós, os aposentados suportam os encargos dos filhos, a emigração forçada aumenta e o governo, não obstante este gravoso quadro, continua, teimosamente, no caminho conducente ao descalabro económico, financeiro e social. Fala de crescimento, mas não vislumbramos as receitas e fala de combate ao desemprego e cada vez mais ele sobe. Enquanto isto, o Presidente da República vai entretendo os portugueses com frases feitas, mostrando-se incapaz de tomar uma posição ajustada à defesa dos interesses nacionais. Não passa da lengalenga: eu disse, eu avisei! Depois de três meses de silêncio, resolveu botar discurso à porta de uma moagem que, metaforicamente, pode significar que esta situação está para moer a paciência dos portugueses durante algum tempo mais. 
E por aqui? Ainda ontem ouvi o senhor deputado Jaime Filipe Ramos (PSD) dizer, na Assembleia da Madeira, que "nenhum deputado desta casa deve fazer política daquilo que é uma desgraça que afecta muitas famílias. Isso é muito mau, é muito mau tentar ganhar votos com o sofrimento das famílias". Com que então... denunciar os erros estratégicos do governo regional em matéria de política económica e de emprego, enquadrar e propor soluções "é muito mau" (...) porque isso visa "ganhar votos com o sofrimento das famílias". E se o senhor deputado com esta sistemática lengalenga política fosse cantar para outra freguesia? Então, quando o governo se vangloriava de taxas que quase significavam pleno emprego, quando os discursos na Assembleia, por parte da maioria, eram de eloquência pelo trabalho do governo, isso não significava a promoção de uma imagem com clara intenção eleitoralista? E quando a oposição salientava que tais políticas eram efémeras, que o desastre se aproximava, que a despesa não parava de subir, não correspondeu ao tempo de catalogarem a oposição de "profetas da desgraça"? Mais, ainda: pergunto, o que está o senhor deputado a fazer na Assembleia? A tapar o Sol com a peneira? A tentar esconder uma realidade que a todos preocupa? Senhor Deputado, não se lamente, pois apenas estão a levar com a tempestade que semearam. Não mais do que isso. Daí que os madeirenses estejam a pagar a factura do desnorte, do regabofe, da ausência de planeamento, da ambição política desmedida e sem controlo. Estão a pagar a factura do quero, posso e mando, pelo que não ficarei espantado se o DCIAP entender existir matéria para julgamento dos que, directa ou indirectamente, estiveram envolvidos na "obra" que hoje sabemos ser de aflição para todos quantos aqui vivem. A "obra" que conduz, por exemplo, um cidadão da classe média, com residência fiscal na Região Autónoma da Madeira, em 2013, no acerto de contas em sede de IRS, face ao agravamento dos impostos, tenha a pagar € 673,96, quando, nos Açores, com os mesmos valores, esse cidadão terá a receber € 2.925,98. É esta a diferença pela rica obra que fizeram nas costas do povo. 
E agora, Alberto?
E o problema é que temos um vergonhoso saque da responsabilidade do governo da República, ao qual se junta a fraqueza de um governo regional, que enfiou em si próprio um colete de forças, do qual não pode libertar-se e que, por essa via, está a levar os madeirenses e porto-santenses a uma situação de desespero. O panorama social não é pior porque há idosos a contribuírem com as suas magras pensões para o orçamento familiar; há aposentados a pagar as despesas dos filhos desempregados; há mais instituições de solidariedade social do que freguesias a matar a fome de muita gente e há paróquias com um trabalho meritório no campo da solidariedade. E perante isto, os governos, o de lá (PSD/CDS) e o de cá (PSD), teimosamente, "decretam" o caminho do empobrecimento compulsivo como única via possível para tempos melhores! Que grande favor faziam ao povo se nos deixassem da mão!
Ilustração: Google Imagens.

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