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terça-feira, 8 de julho de 2008

JARDIM VS CHAVEZ

Há qualquer coisa que não bate certo nessa história do encontro do presidente do governo regional com o presidente Hugo Chaves. Desde logo, porque as visitas a este nível são (ou devem ser) programadas e sujeitas ao conhecimento da diplomacia portuguesa, a quem deve competir a coordenação. Um Presidente de uma Região Autónoma, membro do Conselho de Estado, face à importância da comunidade madeirense residente na Venezuela, por razões políticas e diplomáticas não se desloca sem um programa oficial total e rigorosamente assumido entre as partes. Ora, se o encontro não se verificou, as razões divulgadas são por demais esfarrapadas. Dizer que Hugo Chavez no dia X foi ali e no Y estava não sei onde, é, portanto, poeirinha para os olhos. Sendo assim, resta concluir que das duas uma: ou a visita teve carácter particular ou, então, Hugo Chavez pura e simplesmente ignorou o presidente do governo regional. Se a segunda hipótese é verdadeira (pessoalmente julgo que sim, mas evito divulgar, para já, o que penso sobre esta matéria) importa clarificar os motivos, uma vez que estão em causa relações do Estado Português com Estado Venezuelano e, no meio da história, encontra-se uma comunidade portuguesa, onde se incluem larguíssimos milhares de madeirenses.
Finalmente, pelas responsabilidades entre Estados, são muito desagradáveis e politicamente complexas, as declarações produzidas, na Venezuela, pelo presidente do governo regional. Do meu ponto de vista tais declarações constituem matéria suficiente para o Senhor Presidente da República chamá-lo a Belém. Mas este é o País político no qual vivemos...

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