Há muito que se adivinhava o que hoje está a acontecer no comércio da Madeira. Quebras nas vendas que se situam entre 30/50%, uma perda de mais de 3.500 postos de trabalho e encerramento de mais de 300 empresas, são valores que devem ser considerados de alarme para a situação que a Região está a viver. A entrada de grandes superfícies comercias em número e dimensão desajustados da procura, os horários de abertura e de encerramento do comércio tradicional em relação aos dessas superfícies, são, numa primeira abordagem, os vectores essenciais da crise que, lentamente, se está a abater. A Madeira não tem dimensão económica, espaço territorial, população fixa e flutuante para dar uma equilibrada e sustentável resposta aos interesses de todas as partes. Isto implica, com carácter de urgência, que o governo da Região discuta de forma séria e profunda e tenha em total consideração a proposta do PS-M que irá a debate, ainda esta semana, denominada: “PLANO DE ORDENAMENTO E ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA”.
Trata-se de uma iniciativa de extrema importância no quadro de uma política que venha a estancar a crise porque passa o comércio, conseguindo-o revitalizá-lo. Independentemente de medidas que se colocam no âmbito da carga fiscal e não só, estou totalmente de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços, quando se bate pela limitação dos horários de abertura e de encerramento nas grandes superfícies comerciais. Uma parte do problema também passa por aí. Quem visita cidades por essa Europa fora sabe que, mesmo nas designadas grandes superfícies, o comércio encerra praticamente à mesma hora que os restantes estabelecimentos. Fica a restauração com um horário mais dilatado. E aos Sábados e Domingos a limitação ainda é maior. Portanto, eu que apenas observo, entendo que há muito a fazer neste sector que joga com a estabilidade social.
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