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quarta-feira, 25 de março de 2009

CASO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Uma representação do Grupo Parlamentar do PS-M reuniu-se, esta manhã, em Lisboa, com o Senhor Presidente do Tribunal de Contas, Juiz Conselheiro Guilherme d'Oliveira Martins. Um encontro que se justificou pelas fundadas preocupações que têm vindo a ser evidenciadas pelo Grupo Parlamentar a que pertenço. É um direito que nos assiste no quadro das análises técnicas e dos esclarecimentos sobre variadíssimos aspectos das contas da Região. Até porque não se pode nem se deve esgrimir argumentos de natureza política sem perceber, em primeiro lugar, a delicadeza dos dados que são fundamentalmente técnicos. Entendo que não se deve falar de cor sobre assuntos que têm profundas implicações. Ao excelente trabalho de rigor realizado pela Secção Regional do Tribunal de Contas quisemos juntar outras apreciações. Repito, porque é um nosso dever e porque não alinhamos na leviandade. Talvez por isso mesmo a Madeira está em falência técnica.
Regresso ao Funchal e, pelo caminho, oiço o Presidente do Governo da Região dizer que a nossa presença no Tribunal de Contas é caso “para uma avaliação psicológica”. Coisa que não tem novidade. Mas sempre adianto que talvez este encontro com o Presidente do Tribunal de Contas pudesse ter sido evitado se, por exemplo, todos os pedidos de documentos ao governo regional fossem satisfeitos (um direito dos Deputados) e se o Presidente do Governo prestasse contas aos Deputados na Assembleia Legislativa da Madeira, comparecendo aos debates e enfrentando a oposição.
É evidente que quem fala daquele jeito demonstra receio de qualquer coisa, sabe e anda aflito com o descalabro das contas da Região e, portanto, explode quando alguém quer saber, tecnicamente, o que se esconde para além dos números e que, tarde ou cedo, terão repercussões na vida de todos os madeirenses e porto-santenses. Aliás, já está a ter.
Uma coisa é certa, vamos continuar a mexer nos assuntos incómodos.

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