Disse o Senhor Presidente do Governo Regional, falando aos empresários, que "há que manter o emprego reduzindo os lucros".
Ora bem, pergunto, saberá o Presidente, quais ou quantas empresas poderão estar em situação de corresponder a este apelo em nome da estabilidade social? Muito poucas. Há sinais claros que o tecido empresarial madeirense está fragilizado, que o poder de compra baixou significativamente, que há uma contenção das despesas, que o investimento não acontece e, por isso, pergunta-se, nesta conjuntura como é que podem os empresários reduzir lucros?
Só entendo este apelo do Presidente do Governo como um acto de desespero perante um quadro que, infelizmente, tende a piorar. Ao contrário de apelar a quem luta para sobreviver, deveria o Governo apresentar um conjunto de consistentes medidas que pudessem desde logo atenuar e, a prazo, possibilitar a saída do sufoco em que se encontram. O que se sabe é que deste Governo não sai qualquer iniciativa que alimente a esperança e, no Parlamento Regional, há quem prefira falar de "colonialismos", de que a "Madeira é uma Nação", do "mentiroso" Sócrates, enfim, de coisas que ninguém as quer saber. O principal, aquilo que é fundamental discutir passam ao lado como se nada estivesse a acontecer.
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