Esta história das listas de candidatos ao Parlamento Europeu parece-me mal contada pelo que é natural que outros contornos ainda não sejam públicos. Não só o caso das duas candidatas do PSD que, em princípio, figuram apenas decorativamente na lista para as europeias, como a consequente saída do Dr. Sérgio Marques.
Mas o que me leva a escrever é sobre a triste encenação protagonizada pelo Dr. Guilherme Silva. A conclusão a que chego é que mentiu. Disse ao Jornalista Miguel Cunha uma coisa e, depois, confrontado com as implicações da sua explicação, recuou, branqueou uma alegada realidade e, pior que tudo isso, lamentavelmente, deixou um rasto de desconfiança sobre o jornalista. Fez bem o Jornalista puxar dos seus galões de Homem sério, honesto e profissional para dizer, abertamente, com palavras simpáticas, que o Dr. Guilherme Silva não o mergulha na levada da aldrabice.
É por estas e outras que há uma crescente desconfiança em alguns políticos. Percebe-se que não são totalmente verdadeiros, que a verdade é escamoteada, tentam, pelo uso da palavra, dar a volta ao texto e sempre com argumentos medidos, estrategicamente pensados, como se todos nós fossemos uma cambada de mentecaptos. Isto deixa-me triste, pelo exemplo que alguns dão, com repercussões a vários níveis, enfim, pela influência que acabam por ter na sociedade. E dão a volta ao assunto sempre com um fácies de convicção e com um certo sorriso à mistura. Lamentável.
2 comentários:
Senhor Professor
Diz o Senhor que "é por estas e por outras que há uma crescente desconfiança em alguns políticos."
Permita-me que coloque a questão da seguinte forma, bem mais condizente com o sentir generalizado:
É por estas e por muitas outras que ainda, e somente, resta alguma confiança em alguns (poucos) políticos.
Adoçar a pílula só servirá para perpetuar, na ribalta, rábulas, como Guilherme Silva e seus seguidores, que, quando entram em palco...a seriedade sai.
Senhor Professor
Quando o defensor, oficial e oficioso, do (des)governo regional, começa a perorar,não raras vezes, na arrumação das suas "certezas",utiliza as bengalas,pretensamente eruditas, da repetição das vogais:
...a,a,a,a,a,a,a,...
...e,e,e,e,e,e.e,...
E a gente pensa:
Lá vem mais uma aldrabice do alfarrábio do advogado "habilidoso".
Haverá alguém que ainda acredite que o homem foi contratado (a peso de ouro)por ser um jurista digno e sério?!
Isso é que era bom!!!
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