Acabo de escutar o apoio do PS à eventual recandidatura do Dr. Durão Barroso à Presidência da Comissão Europeia. Pessoalmente, DISCORDO. Considero muito pouco prudente esse apoio porque se trata de um político que representa a direita europeia, o neoliberalismo e a ausência de valores que caracterizam o bem-estar de todos. Para além disso não esqueço que ele foi também um dos rostos do início da guerra no Iraque. Pode o PS argumentar questões de ordem estratégica ou de interesse nacional, porém, não vejo onde se descobrem esses interesses por mais que os tente encontrar.
Esta Europa precisa de se reencontrar com os valores humanistas e com a solidariedade e não apenas com os poderosos. E a propósito, transcrevo aqui parte de um interessante texto que li algures na NET, copiei para um meu ficheiro, mas cujo autor, lamentavelmente, não integrei no arquivo, pelo que apresento desculpas ao mesmo.
“(…) José Manuel Durão Barroso é tido - nas altas esferas da governação europeia e mundial - como o perfeito instrumento do Clube Bilderberg. Este clube é uma conferência anual não-oficial cuja participação é restrita a um número de 130 convidados, muitos dos quais são personalidades influentes no mundo empresarial, académico, mediático ou político. Reúne-se anualmente, sempre em segredo, em hotéis de cinco estrelas reservados para a ocasião, geralmente na Europa, embora algumas vezes tenha ocorrido nos Estados Unidos e Canadá. A intenção inicial do Clube de Bilderberg era promover um consenso entre a Europa Ocidental e a América do Norte através de reuniões informais entre indivíduos poderosos. A localização da reunião anual não é secreta, e a agenda e a lista de participantes são facilmente encontradas pelo público; mas os temas das reuniões são mantidos em segredo e os participantes assumem um compromisso de não divulgar o que foi discutido.
A alegação oficial do Clube de Bilderberg é de que o sigilo preveniria que os temas discutidos, e a respectiva vinculação das declarações a cada membro participante, estariam a salvo da manipulação pelos principais órgãos de imprensa e do repúdio generalizado que seria causado na população. A teoria que mais se opõe à estratégia oficial diz que o Clube Bilderberg tem o propósito de criar um governo totalitário mundial. Onde é que, especificamente, Durão Barroso entra no meio deste esquema? Reproduzo uma entrevista concedida há cerca de três anos ao Semanário por Daniel Estulin, um dos principais activistas e denunciadores do Clube Bilderberg (os negritos são de minha autoria, para destaque específico).
"Daniel Estulin, que investiga o clube de Bilderberg há treze anos, fala sobre os portugueses que têm participado nas suas reuniões, na crise política de 2004 em Portugal e da influência de Bilderberg na escolha de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia. (...).
Quais os portugueses que participaram na reunião de Bilderberg de Stresa, em 2004? Francisco Pinto Balsemão (n.d.r.: ex-Primeiro-ministro, empresário com fortíssima influência na área dos mídia), Pedro Santana Lopes (n.d.r.: ex-Primeiro-ministro) e José Sócrates (n.d.r.: actual Primeiro-ministro). A lista de participantes portugueses ao longo dos anos é bastante extensa, se considerarmos o tamanho do país.
Nessa reunião, face ao poderio e influência de Bilderberg e ao facto de ser um clube predominantemente europeu e americano, alguém defendeu Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia? Recordo-lhe que Durão foi escolhido para a Comissão dias depois da reunião de Bilderberg.
Torna-se importante compreender que é irrelevante quem ocupa a cadeira de presidente da Comissão Europeia. Durão Barroso representa os interesses do "governo mundial". Tanto Kissinger como Rockefeller (n.d.r.: proeminentes membros do Clube Bilderberg) apoiaram energicamente a candidatura de Durão Barroso para aquele posto. Barroso também foi amplamente apoiado pelos bilderbergers americanos em Stresa, por este ter apoiado a intervenção americana no Iraque. No entanto, Durão foi resguardado. Recorda-se da tão criticada cimeira dos Açores, justamente antes da Guerra do Iraque? O consenso na altura foi no sentido de não considerar Durão Barroso um verdadeiro participante na cimeira. Agora, começa tudo a fazer sentido. Ele foi afastado para tornar a sua nomeação para a Comissão Europeia mais apelativa. Desta forma, ele não fica ligado ao fiasco iraquiano. Outro dos apoiantes de Barroso foi John Edwards, candidato a vice-presidente dos EUA, com John Kerry, que também esteve presente nas reuniões de Bilderberg. Como nota de referência, tenho relatórios de várias fontes internas da reunião de Bilderberg que referem a fraca capacidade oral e a fraca personalidade de Barroso. Decidiu-se mesmo limitar as suas aparições em público ao mínimo. Kissinger, um membro permanente de Bilderberg, chegou ao ponto de o chamar, "off the record", "indiscutivelmente o pior Primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa" (…)”.
Trata-se, apenas, de um texto, é verdade. Mas não deixa de ser interessante para reflectir, até porque Durão Barroso foi oficialmente formalizado como o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) à presidência da Comissão Europeia por mais cinco anos. A decisão, unânime, foi tomada pelos chefes de governos que integram o PPE: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Polónia, Malta e Roménia, reunidos em Bruxelas, Bélgica. Conta, ainda, com o apoio de políticos de esquerda (Primeiro-ministro português José Sócrates) e centro-esquerda (Primeiro-ministro britânico Gordon Brown).
Nessa reunião, face ao poderio e influência de Bilderberg e ao facto de ser um clube predominantemente europeu e americano, alguém defendeu Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia? Recordo-lhe que Durão foi escolhido para a Comissão dias depois da reunião de Bilderberg.
Torna-se importante compreender que é irrelevante quem ocupa a cadeira de presidente da Comissão Europeia. Durão Barroso representa os interesses do "governo mundial". Tanto Kissinger como Rockefeller (n.d.r.: proeminentes membros do Clube Bilderberg) apoiaram energicamente a candidatura de Durão Barroso para aquele posto. Barroso também foi amplamente apoiado pelos bilderbergers americanos em Stresa, por este ter apoiado a intervenção americana no Iraque. No entanto, Durão foi resguardado. Recorda-se da tão criticada cimeira dos Açores, justamente antes da Guerra do Iraque? O consenso na altura foi no sentido de não considerar Durão Barroso um verdadeiro participante na cimeira. Agora, começa tudo a fazer sentido. Ele foi afastado para tornar a sua nomeação para a Comissão Europeia mais apelativa. Desta forma, ele não fica ligado ao fiasco iraquiano. Outro dos apoiantes de Barroso foi John Edwards, candidato a vice-presidente dos EUA, com John Kerry, que também esteve presente nas reuniões de Bilderberg. Como nota de referência, tenho relatórios de várias fontes internas da reunião de Bilderberg que referem a fraca capacidade oral e a fraca personalidade de Barroso. Decidiu-se mesmo limitar as suas aparições em público ao mínimo. Kissinger, um membro permanente de Bilderberg, chegou ao ponto de o chamar, "off the record", "indiscutivelmente o pior Primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa" (…)”.
Trata-se, apenas, de um texto, é verdade. Mas não deixa de ser interessante para reflectir, até porque Durão Barroso foi oficialmente formalizado como o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) à presidência da Comissão Europeia por mais cinco anos. A decisão, unânime, foi tomada pelos chefes de governos que integram o PPE: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Polónia, Malta e Roménia, reunidos em Bruxelas, Bélgica. Conta, ainda, com o apoio de políticos de esquerda (Primeiro-ministro português José Sócrates) e centro-esquerda (Primeiro-ministro britânico Gordon Brown).
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