A propósito da lei sobre o "Pluralismo e da Não Concentração dos Meios de Comunicação Social" a decisão mereceu algumas considerações do Presidente do Governo Regional. Entre outras falou de atitude "nazificante e fascista" do governo da República. Enfim, declarações que, uma vez mais, não espantam. Mas o que é incompreensível nem são as palavras ditas mas a permanente ocultação da verdade.
De facto, o que está em causa não é a existência do Jornal da Madeira, que pode continuar com o mesmo critério editorial e até a mesma linha de defesa dos princípios políticos que caracterizam o PSD, mas quem paga, quem suporta financeiramente a empresa em causa. É aqui que o problema deve ser equacionado e neste pressuposto, qualquer pessoa com bom senso dirá que dos seus impostos nem um cêntimo. Não tem o governo o direito de utilizar o dinheiro dos contribuintes para interesses que não são públicos mas sim partidários. Para além do mais, colocam-se outras questões que já aqui abordei: a concorrência desleal e o "dumping" na publicidade.
Ora bem, julgo que "nazificante e fascista" são as atitudes que conduzem à existência de um jornal claramente partidário pago pelos impostos de todos, inclusive, dos que politicamente se opõem à maioria que governa.
Sem comentários:
Enviar um comentário