O Senhor Presidente da República tem "disparos" interessantes. Criticou e continua a olhar de esguelha para o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, manifesta-se muito pouco convicto das autonomias regionais, esteve na Região em visita oficial e não ligou peva à Assembleia Legislativa, reuniu-se com quem quis e entendeu, desfez-se em elogios maiores que a região aos titulares dos Órgãos de Governo próprio, ignora o não cumprimento da Constituição da República na Região da Madeira, Constituição que jurou cumprir e fazer cumprir, e vem agora assumir a necessidade de "um diálogo leal e construtivo" e que a "Lei Fundamental impõe que entre os órgãos de soberania e os órgãos de governo próprio, existam mais do que meras relações institucionais" e, mais do que isso, que lhe compete "no uso da sua magistratura de influência, contribuir para atenuar crispações excessivas ou para ultrapassar situações anómalas, devendo, em princípio, fazê-lo com discrição e por intermédio dos Representantes da República".
Mas, afinal, no quadro político regional que ele bem conhece, o que é que o Senhor Presidente tem feito no sentido de assegurar uma boa "organização e funcionamento interno dos órgãos regionais? Nada, rigorosamente nada. Remete para o Senhor Representante da República os problemas políticos que por sua vez está limitado na sua intervenção. E o regabofe continua, numa espécie de terra de ninguém. Fala e nada diz em função do que aqui se passa.
Eu que não tenho jeito para comportamentos hipócritas digo, claramente, Senhor Presidente, ASSIM NÃO! Os madeirenses não querem um Presidente paternalista mas não aceitam em Belém quem faça de conta.
2 comentários:
a despropósito-
a noticia hoje no dn sobre vf e os negócios representam um dos problemas do ps. telhados de vidro...
isto sem falar em jorge coelho, pina moura, familia de sócrates, grupo vila galé amigo do ps, etc.
Resolvi publicar este comentário para poder escrever sobre o mesmo.
Meu Caro, faça como eu, dê a cara. O anonimato, do meu ponto de vista, fica mal. Já não estamos no tempo da censura.
Sabe, nada, mas mesmo nada impede que o Senhor Deputado Vítor Freitas tenha uma qualquer empresa e que venda os seus produtos. Segundo julgo saber, no momento em que integrou o grupo parlamentar desfez-se dessa participação empresarial o que deveria servir de exemplo para muito boa gente da nossa sociedade.
Quanto aos outros que respondam por si.
Grave, na Madeira, é legislar de manhã para usufruir à tarde. Mas isso, um dia, acabará, por imposição de uma necessária Lei das Incompatibilidades.
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