"O homem que está numa situação de poder considera-se quase um deus. Tudo lhe é permitido."
Li uma entrevista, no Jornal de Negócios, com a Socióloga Maria Filomena Mónica. Destaco aqui a parte que me pareceu significativa. Simplesmente porque há um exemplo tão perto...
"Um homem com poder é tendencialmente perigoso. Deixa de ver os limites do que é digno e indigno. Escorrega muito facilmente para terrenos pantanosos. Julga que tudo lhe é permitido. Tem à volta uma corte reverencial que o induz a crer que é um deus e que as outras pessoas são instrumentos para os seus desejos. O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente. Ele não tem o poder absoluto, mas as noções mais corriqueiras do bem e do mal tendem a desfazer-se."
2 comentários:
Caro amigo
Por coincidência, estive hoje a meditar nos males do mundo. E o meu pensamento foi de imediato para a Igreja Católica (IC), que há dois mil anos anda a guerrear o mal. Sem grandes resultados, diga-se de passagem.
Numa análise, decerto superficial, cheguei à conclusão que a IC despende demasiadas energias a espartilhar o comportamento sexual da humanidade, como se no sexo estivessem as raizes de todo mal.
Tal como Filomena Mónica, já há muito que concluí que o grande potencial maléfico reside no exercício do poder.
Assim sendo, não seria a IC muito mais eficaz se combatesse o poder?
Nota: Até podia começar aqui na Madeira!...
Obrigado pelo seu comentário.
Já tem uns anos, uma figura muito importante da Igreja Católica disse-me que nós precisávamos de um Bispo de Cultura, desprendido e apenas apostado na Palavra.
Concordei com ele.
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