Agora, uma coisa é fundamental: os debates terão de acontecer e já. O silêncio da RTP-Madeira é tenebroso. A palavra certa julgo ser esta. Mas que raio de "serviço público" é este? Que raio de vergonhosa cumplicidade existe para que esta situação se mantenha anos a fio? E o Conselho de Administração apadrinha isto? E mesmo o facto do candidato do PSD-M não querer participar em debates, isso é motivo para inviabilizar todos os outros debates? Onde está a Democracia, onde está o "serviço público", onde está a boa-fé de quem, circunstancialmente, dirige a RTP-Madeira, quer na parte gestionária quer na parte relacionada com os conteúdos?. Será admissível um processo destes?
Li a sondagem publicada hoje pelo DN que ainda atribui ao PSD uma maioria absoluta, com nove partidos a entrarem na Assembleia. Trata-se de uma primeira sondagem. Será, por isso, muito interessante verificar a evolução destes dados ao longo das semanas. Penso que é muito cedo para retirar qualquer conclusão. A procissão ainda vai no adro. Simplesmente não acredito que nove partidos venham a colher votos suficientes para terem representação parlamentar. Seria o completo descalabro no Parlamento da Madeira. Se, com sete, já é o que é, imagine-se com nove! Acredito, por isso, que toda esta situação regional, que evidencia um grande dramatismo face aos indicadores conhecidos, terá uma evolução no sentido da concentração dos votos. É possível. Depois, não creio que face ao descalabro das finanças públicas, ao número de desempregados, aos assustadores números da pobreza, ao problema das falências e de um governo que não paga a tempo e horas, se mantenha uma maioria absoluta do PSD. Penso que isso será muito pouco provável. Constituiriam mais quatro anos de retrocesso e de acumulação de problemas. Não tenho a menor dúvida que, por tudo isto, o povo, no momento certo, saberá responder em função dos seus interesses.
Agora, uma coisa é fundamental: os debates terão de acontecer e já. O silêncio da RTP-Madeira é tenebroso. A palavra certa julgo ser esta. Não faz qualquer sentido, marcadas que estão para 9 de Outubro as eleições legislativas regionais, a 72 dias desse importante acto, a televisão não coloque, frente-a-frente, os candidatos. Pelo contrário, acabaram com os programas de debate, refiro-me ao programa semanal "Parlamento" e preparam-se, certamente, para aquela treta de entrevistas aos candidatos, as quais não aquecem nem arrefecem. Em democracia, meus senhores, é o debate das ideias e os programas que devem ficar em cima da mesa e, neste aspecto, reconheça-se, entre todos os órgãos de comunicação social, a televisão tem uma relevante importância. O frente-a-frente desperta as atenções que uma entrevista a solo não consegue. E a televisão está a ser cúmplice deste obscurantismo provocado pela ausência de debate. O "serviço público" tem esse dever, essa obrigação de provocar o esclarecimento e, depois, venham as eleições e que ganhe quem melhores soluções apresentar e quem melhor o povo quiser para governar. Estou mesmo a ver a deliberada intenção da RTP-Madeira em deixar o marfim correr até o momento de assumir que não dá tempo, que são muitos os partidos, blá, blá... blá, blá... e, por essa via, eliminar a possibilidade de qualquer confronto. Mas que raio de "serviço público" é este? Que raio de vergonhosa cumplicidade existe para que esta situação se mantenha anos a fio? E o Conselho de Administração apadrinha isto? E mesmo o facto do candidato do PSD-M não querer participar em debates, isso é motivo para inviabilizar todos os outros debates? Onde está a Democracia, onde está o "serviço público", onde está a boa-fé de quem, circunstancialmente, dirige a RTP-Madeira, quer na parte gestionária quer na parte relacionada com os conteúdos?. Será admissível um processo destes?
Pelo menos da minha parte fico a aguardar. E sobre este assunto voltarei logo que possível.
Ilustração: Google Imagens.
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