O governo precisa de quem seja LÍDER, dispensa um CHEFE. É por estas e muitas outras que este sistema tem rapidamente de acabar. Situações destas são intoleráveis, pela desresponsabilização e pela ausência de liderança. E não vale a pena, do meu ponto de vista, a população enveredar por substituições que carregam consigo um historial de comportamentos políticos que conduziram ao estado a que isto chegou. Seria como que num veículo velho, com um motor que deu tudo quanto tinha para dar, pintá-lo, substituir os cromados e vendê-lo como novo ou semi-novo! Da mesma forma que tal veículo pode constituir uma peça de museu, tal como os coches dos reis, este governo e todos quantos acompanharam e serviram devem ir para o "museu" político, o museu das memórias, fundamentalmente para que se tenha sempre presente os caminhos políticos que nunca deverão ser seguidos. A Madeira precisa, por isso, não de uma pintura de fresco, mas de um novo veículo com um condutor politicamente capaz e com capacidade para andar à velocidade necessária em função dos buracos desta estrada.
Este governo regional é apenas fumo! |
Mandam as regras da Democracia que o chefe de um governo, quando, por alguma razão, sai do País ou da Região, conforme os casos, no mínimo, deve informar a respectiva Assembleia. Parece-me óbvio e sobretudo transparente. No caso da Madeira, as sistemáticas saídas do Senhor Presidente do Governo, raramente anunciadas e justificadas, deixam um rasto de suspeição, de especulações, naturalmente, algumas, abusivas, outras com toda a razão.
Se a saída tem justificação, isto é, se é política, nessa tal Democracia respeitada, seria do mais elementar sentido de responsabilidade, que os Deputados tivessem conhecimento dos dossiês e os discutissem atempadamente. A Democracia tem regras de comportamento político que não se confundem com o quero, posso e mando. Se a saída é particular, ora bem, o Presidente, como qualquer outro, tem direito a férias e, neste caso, há uma necessária nota ao Parlamento e à população dando conta da ausência por tais motivos, indicando quem o substitui na governação. Ao Deus dará é que isto não deve ficar. Ademais, uma Região com as responsabilidades políticas que tem, não pode ser gerida por telemóvel. Mais, ainda, se as saídas se dão por razões de saúde, então aí, a transparência tem de ser total. Evitam-se especulações até no pressuposto de que com a saúde não se brinca.
Ora, "Jardim em paradeiro desconhecido", título na edição de hoje do DN-Madeira, tem muito que se lhe diga. Independentemente de tudo evidencia, por parte do Presidente, um total desrespeito pelas instituições democráticas. Um "chefe" de governo não pode estar em "paradeiro desconhecido". As responsabilidades governativas implicam, a todo o momento, que todos os sectores, áreas de governação e sistemas, saibam quem está ao leme. Bom, a não ser, como ainda há dias assumiu, que "não tem, nem nunca teve, intervenção, directa ou indirecta, na elaboração e tramitação administrativa dos processos que são da alçada dos respectivos secretários". Mas, então aí, demita-se, coloque o seu lugar à disposição, já que a sua responsabilidade é nula. O governo precisa de quem seja LÍDER, dispensa um CHEFE. É por estas e muitas outras que este sistema tem rapidamente de acabar. Situações destas são intoleráveis, pela desresponsabilização e pela ausência de liderança. E não vale a pena, do meu ponto de vista, a população enveredar por substituições que carregam consigo um historial de comportamentos políticos que conduziram ao estado a que isto chegou. Seria como que num veículo velho, com um motor que deu tudo quanto tinha para dar, pintá-lo, substituir os cromados e vendê-lo como novo ou semi-novo! Da mesma forma que tal veículo pode constituir uma peça de museu, tal como os coches dos reis, este governo e todos quantos acompanharam e serviram devem ir para o "museu" político, o museu das memórias, fundamentalmente para que se tenha sempre presente os caminhos políticos que nunca deverão ser seguidos. A Madeira precisa, por isso, não de uma pintura de fresco, mas de um novo veículo com um condutor politicamente capaz e com capacidade para andar à velocidade necessária em função dos buracos desta estrada.
Ilustração: Google Imagens.
4 comentários:
Caro André Escórcio
Embora não acredite que o homem tenha dado à sola de vez, reconheço que, para ele, é a única salvação possível. Porque, se continuar por cá, vai sofrer humilhações que o seu umbigo hipertrofiado não conseguirá digerir.
Caríssimo,
A humilhação é certa. Pressinto que as pessoas estão a tomar consciência que é um erro manter a agonia política. Um dia damos com um "presidente" que ainda faz despachos pensando que governa. Não seria o primeiro caso.
Isto só acontece porque há políticos que não têm consciência que existe um momento para estar e um momento para partir. Infelizmente, este, já está a pagar com juros esse desejo de poder a qualquer preço.
Senhor Professor
Por acaso já procuraram debaixo da cama, onde o menino se costumava esconder quando fazia uma maroteira?
Penso que ele deve estar em cima da cama, mas onde?
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