Este governo regional da Madeira está a conduzir-nos para uma situação de absoluto dramatismo. Sei do que falo. A fome está aí, meia escondida. Onde tudo parece normal, para além das portas e das janelas dos edifícios, crescem incontornáveis dificuldades, aumenta todos os dias o número de pessoas desesperadas, pessoas que não têm para pôr em cima da mesa, pessoas que batem a muitas portas clamando ajuda, porém, estes senhores do governo, a todo o custo, tentam esconder a realidade e, com uma incomensurável lata, continuam a aparecer de peito cheio como se nada estivesse a acontecer.
Sou um acérrimo defensor de eleições regionais. Quanto antes. Esta pouca-vergonha tem de acabar. Falo com pessoas, funcionários públicos, pessoas de vários sectores de actividade, de empresários a trabalhadores, falo com desempregados e não há um que conceda o benefício da dúvida. Este governo regional da Madeira está a conduzir-nos para uma situação de absoluto dramatismo. Sei do que falo. A fome está aí, meia escondida. Onde tudo parece normal, para além das portas e das janelas dos edifícios, crescem incontornáveis dificuldades, aumenta todos os dias o número de pessoas desesperadas, pessoas que não têm para pôr em cima da mesa, pessoas que batem a muitas portas clamando ajuda, porém, estes senhores do governo, a todo o custo, tentam esconder a realidade e, com uma incomensurável lata, continuam a aparecer de peito cheio como se nada estivesse a acontecer. O texto de análise da semana do Jornalista Ricardo Miguel Oliveira, publicado na edição de hoje do DN-M, que aqui transcrevo parte, constitui um retrato fiel e uma chamada de atenção a todo este POVO. Acabou. Ponto final. Eleições quanto antes.
"(...) É hora de meter pés à parede, e desmascarar todos aqueles que, já sem poder para decidir a favor dos eleitos, continuam armados em superiores na tentativa de calar a revolta, meter medo aos mais afoitos e subornar os mais indefesos.
Basta de intrujice oficial, das sucessivas e escandalosas mentiras que empobreceram o povo que agora vai pagar as taxas moderadas sempre negadas, que já não tem crédito na banca, que é roubados nos impostos, que é obrigado a devolver a casa para poder sobreviver e que até é humilhado por ser inteligente embora remediado. Chega de utilização abusiva de dinheiros públicos para fins eleitoralistas e para proveito pessoal, para brincadeiras que visam a intoxicação da opinião dos menos avisados, o ataque calunioso de adversários políticos e até de companheiros de partido.
Acabou-se o circo. A subversão instalou-se num governo que fecha mais do que inaugura, que reage em vez de agir, que deve e não paga. Por isso, agora convém não tolerar mais que nos espiem os actos e até a diversões; que nos roubem para alimentar ódios que nem a terra absorve; que nos dêem patadas em sinal de desprezo pela autoridade que brota da liberdade de pensar e de agir. Quem meteu os pés pelas mãos e nos toma por 'patas rapadas', em mais prova que Jardim é 'Madeira Velha', perdeu o que lhe restava, ou seja, gente com pés assentes no chão dos problemas, mas que ainda caminha na defesa da Autonomia sem os irresponsáveis que nos trouxeram até ao abismo".
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
Caro, seria óptimo haver eleições e estas reflectirem tudo aquilo que tão bem aponta. Mas será que o lógico e racional aconteceria? Eu sinceramente, depois de tudo aquilo que observei ao longo dos tempos e daquilo que hoje observo, olho incrédulo como este povo reage, não reagindo. Como é possível tal manipulação?.
Caro J A Escórcio, os problemas da Madeira, estarão aí, infelizmente, por mais de que uma geração, com este ou com outro governo. Se, se pudesse responsabilizar, verdadeiramente, os culpados de tudo isto, fazendo-se a mais elementar justiça, seria o normal. Mas o que é o normal na Madeira?
Obrigado pela sua excelente reflexão.
Eu compreendo as suas preocupações, todavia, penso existir aqui uma questão central: uma mudança sustentável e credível (e existe essa possibilidade) possibilitaria gerar o novo, a possibilidade de (re)negociação, de inverter as prioridades através de um novo paradigma económico e financeiro, de tal forma que fosse gerador de economia e de alguma riqueza. No actual quadro penso não ser possível, porque este governo já demonstrou não possuir outra receita que não a da "obra" pela "obra".
Julgo que esta questão é central, mas, como diz e bem "este povo reage, não reagindo". Aqui se encontra, igualmente, o drama da Madeira.
Obrigado uma vez mais pela sua reflexão.
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