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sexta-feira, 8 de junho de 2012

O PROBLEMA É PENSAR E NÃO AGIR...


Ele, secretário dos Assuntos Sociais, que manda pela borda fora dezenas de enfermeiros jovens e que coloca médicos a preços "low-cost", é exactamente o mesmo que vem dizer que, se atingimos o topo do desemprego, deduz-se que doravante a Região retrocederá nas altíssimas taxas que apresenta. Mandaria o bom senso político uma grande contenção nas palavras, mas não, abre uma janela de esperança quando toda a gente está a ver que temos crise na Madeira para durar. 

E temos aí uma versão do ex-secretário Dr. Brazão de Castro, no que diz respeito às taxas de desemprego. Veio agora assumir o secretário dos Assuntos Sociais: "Penso que nós atingimos já o topo da percentagem do desemprego (...)". Este "penso" governamental certamente que tem a ver com algum consumível hospitalar, penso rápido, quero eu dizer, ou então um "penso higiénico" nesta treta de governo que tem de dizer coisas, como se elas adormecessem alguém. O desemprego, infelizmente, está para durar, aumentará nos próximos tempos e, como dizia ainda ontem o economista Daniel Bessa, 2013 será pior. Por outro lado, o dinheirinho do empréstimo da "troika", no âmbito do plano de ajustamento financeiro, já tem destinatário e só com muita boa vontade se poderá admitir que virá desafogar a dramática situação das empresas. Dificilmente, até, o próprio Verão, que costuma abrir espaço para algum trabalho temporário, face à contracção das despesas por parte das famílias, virá a gerar um ambiente favorável no campo da empregabilidade. 
Ora bem, o secretário autor daquela declaração não tem olhos políticos que permitam ver o que se está a passar com as empresas? Ou será que sofre do "síndrome do gabinete" por alheamento da vida real, do contacto com as pessoas? É que cá fora a coisa é bem diferente do que a construção meramente teórica e de auto-convencimento que o tal "penso" constituirá uma boa solução, a partir do programa "Impulso Jovem". Ele, secretário dos Assuntos Sociais, que manda pela borda fora dezenas de enfermeiros jovens e que coloca médicos a preços "low-cost", é exactamente o mesmo que vem dizer que, se atingimos o topo do desemprego, deduz-se que, doravante, a Região retrocederá nas altíssimas taxas que apresenta. Mandaria o bom senso político uma grande contenção nas palavras, mas não, abre uma janela de esperança quando toda a gente está a ver que temos crise na Madeira para durar. Os indicadores são claros, é pública a aflição dos empresários, o turismo continua a apresentar sinais preocupantes na generalidade da hotelaria (dados revelados pela ANAM clarificam que o mês de Maio encerrou com valores negativos tanto no Aeroporto da Madeira (-13.3%), como no do Porto Santo (-15.4%), e perante isto só o governo não enxerga! Continua de festa em festa, agora é a feira de "sopas do campo", amanhã outra coisa qualquer e aquilo que é fundamental, as políticas económicas geradoras de emprego, "népia"!
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

Pica-Miolos II disse...

Contudo,o "povo superior" gosta!
Antes, havia dois: Deus e o Burro. Agora há mais três que nunca se enganam: o Cavaco,os governos e o pagode que os elege!