Qualquer pessoa minimamente atenta sabe que o cofre está vazio, que o barco adorna todos os dias, que existe uma azáfama na tripulação em busca de coletes salva-vidas e, por isso, espanta-me certas posições de representantes da sociedade, particularmente do associativismo, como se a Região, económica e financeiramente, vivesse de forma desafogada, com contas controladas e com capacidade de investimento público e privado. Parece-me que ainda não tomaram consciência que A REGIÃO ESTÁ FALIDA e que a sua recuperação depende de um de dois caminhos: ou, penosamente, suporta, com gravíssimos custos sociais, durante vinte a trinta anos a factura da loucura de muitos anos de (des)governo; ou, o Estado, através de negociação, incorpora uma significativa parte da dívida no rol dos projectos de potencial interesse nacional, com o sobrante a ser pago de forma suave, não colocando em risco o aumento da pobreza. Não vejo que exista outra possibilidade. Perante o quadro que está desenhado a cores negras, paradoxalmente, quase todos os dias, por uma ou outra razão, assisto a declarações que, no mínimo, reflectem ausência de bom senso por parte de quem as produz. Sobretudo porque a situação exige um travão às quatro rodas.
Estão todos ou quase todos falidos. E todos olham para para o "padrinho" na esperança que liberte uns cobres que suavizem as despesas, mas nada, nem um cêntimo! O "padrinho" já era. Para todo o lado que se volte só vê facturas por pagar, pregadas no tecto e nas paredes, grandes e pequenas somas, geradoras de desespero para quem tem responsabilidades empresariais. Depois, tem a troika, diariamente, a morder os tornozelos, o Gaspar a apertar os calos pelo incumprimento, e não bastasse esse colossal peso, que não é pouco, anda numa roda viva, de freguesia em freguesia, até ao "dia de finados", para estancar o sangue das alegadas "facadas nas costas".
Qualquer pessoa minimamente atenta sabe que o cofre está vazio, que o barco adorna todos os dias, que existe uma azáfama na tripulação em busca de coletes salva-vidas e, por isso, espanta-me certas posições de representantes da sociedade, particularmente do associativismo, como se a Região, económica e financeiramente, vivesse de forma desafogada, com contas controladas e com capacidade de investimento público e privado. Parece-me que ainda não tomaram consciência que A REGIÃO ESTÁ FALIDA e que a sua recuperação depende de um de dois caminhos: ou, penosamente, suporta, com gravíssimos custos sociais, durante vinte a trinta anos a factura da loucura de muitos anos de (des)governo; ou, o Estado, através de negociação, incorpora uma significativa parte da dívida no rol dos projectos de potencial interesse nacional, com o sobrante a ser pago de forma suave, não colocando em risco o aumento da pobreza. Não vejo que exista outra possibilidade. Perante o quadro que está desenhado a cores negras, paradoxalmente, quase todos os dias, por uma ou outra razão, assisto a declarações que, no mínimo, reflectem ausência de bom senso por parte de quem as produz. Sobretudo porque a situação exige um travão às quatro rodas.
O caso da política desportiva é paradigmática. Não vale a pena insistir na busca de dinheiro num saco vazio. Puxa daqui e dali, o que resultar da magreza do próximo Orçamento Regional deve servir para tentar pagar anos findos, compromissos assumidos protocolarizados, contratos-programa não liquidados, numa tentativa de limpar o nome de tantos dirigentes benévolos que acreditaram e que foram literalmente enganados. Isto para não falar de todas aquelas empresas que forneceram bens e serviços e que, hoje, andam aflitas, batendo de porta em porta para que as facturas sejam pagas. Constitui, por isso, um erro político protelar decisões, fazer acreditar que o regabofe tem pernas para andar e que, no essencial, está "tudo como antes, quartel general em Abrantes". Curiosamente, ou talvez não, não assisto a uma única palavra sobre a educação desportiva escolar, sobre a intenção de mudar de rumo, por obrigação e necessidade de contenção de custos, enfim, uma palavra que obrigue a reflectir e a inverter prioridades, garantindo o apoio necessário ao ambiente educativo e formativo em detrimento da representação nacional e internacional. Decisões que são politicamente dolorosas, ora se são! Mas não há volta a dar. Este "doente político" (sistema desportivo) precisa de um "testamento vital" (solução para o futuro). Mais cedo do que alguns julgam ele será concretizado.
Ilustração: Google Imagens.
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