Que o PSD, de forma completamente vergonhosa e imbecil se comporte da maneira como o fez, não estranhei; estranhei, sim, que o PCP se tivesse "aliado" ao CDS e ao PSD contra a "Mudança". Do PSD ninguém pode esperar outra coisa senão aquilo. Existe ali um azedume e uma má digestão da derrota, mesmo por parte de entes que, ainda há poucos anos, me diziam que isto (governo da Madeira) só se resolvia com "luta armada". Mas, enfim, cada um escolhe o caminho que lhe interessa e nada tenho a ver com isso. Apenas lamento os comportamentos políticos. Não deixa de ser muito grave e vergonhoso que os vereadores, na reunião de Câmara, tivessem votado a favor da manutenção dos 5% e, depois, votado contra na Assembleia Municipal. Politicamente, é INQUALIFICÁVEL e, por mim, estão definidos. Da mesma forma um outro vogal municipal, agora, do CDS/PP, ex-militante do Partido Socialista, autor da proposta de fazer baixar 1% do IRS no Funchal. Ele não se insurgiu contra o agravamento fiscal em sede do IRS, que todos os madeirenses estão a sofrer através da dupla austeridade, pelos erros cometidos pelo governo liderado por Alberto João Jardim, apenas fechou os olhos e, como se uma oposição responsável por aí devesse caminhar, zás, toma lá esta, porque só estão em causa um milhão por ano. Continue assim, porque vai no bom caminho da total descredibilização pessoal e política.
Já aqui referi, mas volto a assumir: tenho, de longa data, uma enorme consideração pelo trabalho político do PCP na Madeira. Tal como tenho pelo Bloco de Esquerda e todos quantos lutam por uma sociedade melhor. Mas o que aqui me traz é o PCP. Considero a sua luta persistente junto das pessoas, calcorreando sítios onde as margens são esquecidas e considero a sua luta pela correcção das injustiças sociais através da fiscalização dos actos políticos. Até aí, nota máxima, muitas vezes não compreendida pelo povo. Porém, há quadros que me deixam absolutamente desconcertado. Nos últimos meses aconteceram várias situações. Aceito que não tivessem querido participar na Coligação "MUDANÇA". Pessoalmente considerei e considero um erro, mas respeito a opção política, até porque não domino o processo que conduziu a tal decisão. Depois de eleitos, sinceramente, não esperava as atitudes que têm vindo a ser assumidas. Parece que a "Mudança" é o PSD no governo camarário, onde tudo há que fazer para os combater. Fiquei estupefacto, como é possível, numa Câmara com preocupações sociais, impedir uma receita de cerca de um milhão de euros através do IRS! Ainda por cima quando a autarquia tem mais de cem milhões em dívidas. Obviamente que o ideal seria que a Câmara devolvesse não 1% mas os 5% aos munícipes do concelho do Funchal. Julgo até que, na génese, esse foi o princípio que orientou a possibilidade de devolução aos municípios até àquela percentagem máxima. Só que a degradação das contas, no caso concreto da Câmara do Funchal, torna inviável tal preocupação, não apenas pelas responsabilidades financeiras imediatas, mas também pelas preocupações sociais que desde o primeiro momento o novo Executivo tem evidenciado. Que o PSD, de forma completamente vergonhosa e imbecil se comporte da maneira como o fez, não estranhei; estranhei, sim, que o PCP se tivesse "aliado" ao CDS e ao PSD contra a "Mudança".
Do PSD ninguém pode esperar outra coisa senão aquilo. Existe ali um azedume e uma má digestão da derrota, mesmo por parte de entes que, ainda há poucos anos, me diziam que isto (governo da Madeira) só se resolvia com "luta armada". Mas, enfim, cada um escolhe o caminho que lhe interessa e nada tenho a ver com isso. Apenas lamento os comportamentos políticos. Não deixa de ser muito grave e vergonhoso que os vereadores, na reunião de Câmara, tivessem votado a favor da manutenção dos 5% e, depois, votado contra na Assembleia Municipal. Politicamente, é INQUALIFICÁVEL e, por mim, estão definidos. Da mesma forma um outro vogal municipal, agora, do CDS/PP, ex-militante do Partido Socialista, autor da proposta de fazer baixar 1% do IRS no Funchal. Ele não se insurgiu contra o agravamento fiscal em sede do IRS, que todos os madeirenses estão a sofrer através da dupla austeridade, pelos erros cometidos pelo governo liderado por Alberto João Jardim, apenas fechou os olhos e, como se uma oposição responsável por aí devesse caminhar, zás, toma lá esta, porque só estão em causa um milhão por ano. Continue assim, porque vai no bom caminho da total descredibilização pessoal e política.
Ora o PCP, desculpem-me as pessoas com quem tenho consideração e estima, parece-me que tem de mudar a agulha do combate político. Propor e fiscalizar os actos da Câmara com muito rigor é uma coisa; encostá-la à parede é outra. Os seis partidos que deram, humilde e democraticamente corpo à "MUDANÇA" não são o PSD que lá esteve durante 37 anos! Aos meus olhos e aos de tantos outros com quem cruzo informação, estão a fazer um favor ao PSD-M. A imagem que fica é essa, embora possa não ser verdade. Só falta agora, como no tempo do PSD, na reunião aberta aos munícipes, o PCP encher a sala de reuniões com dezenas de munícipes para combater o Executivo que, neste momento, apenas tem um mês de trabalho. Ora, estar ao lado do PSD e do CDS numa votação daquela importância, eu que norteio os meus princípios e valores sociais pela "Esquerda", senti uma incontida revolta.
Há dias, o PSD criticou o Executivo liderado pelo Dr. Paulo Cafôfo pela diminuição da taxa do IMI, por poder vir a ter efeitos no equilíbrio financeiro do município. O Dr. Atouguia considerou "precipitado e pouco ponderado", a Câmara Municipal do Funchal decidir neste momento sobre a descida do IMI", ainda para mais "num contexto em que todas as principais receitas municipais têm vindo a diminuir". O PCP queria uma percentagem ainda maior na descida do IMI, isto é, por um lado, demonstra preocupações sociais, por outro limita a Câmara ao nível das receitas capazes de colmatarem os graves problemas que por aí andam. Agora, é com o IRS! E já anunciaram que desejam 70% do investimento inscrito no Orçamento de 2014 vise o atendimento aos dramas das zonas altas (DN-Madeira) e de outras de grande fragilidade social, quando a "Mudança" sempre anunciou uma percentagem do Orçamento destinada à participação das propostas dos cidadãos. E mais, tenham atenção, reordenar as zonas altas leva tantos anos ou mais quantos de democracia temos. E para isso torna-se necessário muito, mas muito dinheiro. E sendo assim, afinal, pergunto, a "guerra" política do PCP é contra quem? Começo a ficar desiludido com algumas atitudes de algumas pessoas. Por aí perderão as batalhas e, naturalmente, a guerra.
Ilustração: Google Imagens.
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