"(...) Gostaria que fosse uma escola em que os alunos chegassem à porta alimentados, sem pais desempregados (...). A escola não pode resolver do portão para dentro todos os problemas que os miúdos têm quando lá chegam. Se me chegam miúdos cheios de fome e à espera do lanche que a escola lhes arranja, se a família está em situação de desemprego, se os irmãos estão em situação de criminalidade, a escola do futuro nunca vai ser construída sobre as bases ideais e utópicas. Gostava que tivéssemos atingido um estado de desenvolvimento em que a sociedade permitisse que essas condições existissem e a escola reproduzisse um determinado clima e ambiente mental que fizesse com que as gerações seguintes já estivessem adaptadas ao funcionamento dessas escolas. Não é a partir de uma reforma que se muda a escola. Devemos ver o que está a correr mal e fazer subir essa parte. Melhorando o que está pior, empurramos o resto. A escola tem de ser pensada de forma integrada, mas cada ministro chega e faz a sua reforma. A escola do futuro vai ser esquelética. (...)"
Nota
Excerto de uma entrevista ao I, do Dr. Paulo Guinote (Professor), autor do blogue "Educação do meu umbigo".
Ilustração: Google Imagens.
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