Comissão Europeia peremptória: resta esperar pelo desfecho da consulta popular do próximo Domingo, pois "agora é o momento de o povo grego escolher o seu futuro". Esta declaração, à luz de todo o processo, parece transportar uma mensagem clara: ou votam sim e aí terão de subordinar-se às regras que os mercados desejam (as instituições estão vergadas aos interesses que de todo não são os dos povos); ou votam não e à Grécia as portas do financiamento ficarão, tendencialmente, bloqueadas.
Em uma e outra situações a crise humanitária agravar-se-á, no caso do não com a agravante de réplicas em outros países. No essencial, o que isto significa é que todos têm de ir comer o milhinho nas mãos de "Merkel & Associados". Pedro Abrunhosa sintetizou e bem:"O grande capital descobriu que não precisa da Democracia para nada". É isso. Muito menos encaixam no seu léxico as palavras "solidariedade", "liberdade", "fraternidade" e "igualdade". Porventura nem conhecem os princípios que sustentaram a criação da UE. Mais, ainda: para essas figuras negociar é apenas um enfeite democrático e para a fotografia, porque ou aceitam assim, ou nada!
Todas as dívidas devem ser pagas, obviamente, interessa saber como e em quanto tempo. E quando um Nobel da Economia e outras figuras criticam, severamente, esta forma de lidar com as dívidas (austeridade sobre austeridade e empobrecimento galopante), eu que nada sei sobre matéria económica, pasmo ao verificar a leviandade das diversas instituições que nem aprendem com os resultados das suas politicas no passado recente.
Ilustração: Google Imagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário