E em Santana, na Ilha, lá veio à tona o conflito institucional. Era inevitável a habitual guerrinha que não conduz a nada. Porque o problema NÃO É CONSTITUCIONAL. É, fundamentalmente, de actualização do ESTATUTO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO e de muita habilidade política, diálogo institucional, bom senso e respeito pelas competências de cada um dos lados. E a prova que é assim está na Região Autónoma dos Açores cujo Estatuto foi aprovado, por unanimidade, na Assembleia da República e onde, claramente, se avança numa verdadeira e alargadíssima Autonomia, já muito anos do novo Estatuto.
Ademais, as pessoas estão cansadas de discursos que trazem no seu bojo o ataque aos outros para esconder insuficiências próprias. Há uma evidente negação, porque isso traz custos políticos, em equacionar as actuais dificuldades da Região no quadro de um projecto político que falhou, nos planos económico, social e cultural. É, por isso, que no Dia da Região, só têm direito à palavra os da maioria. Assim, não há possibilidade de ouvir o outro lado das coisas. E esse outro lado é, neste momento, para a Madeira e para o seu Povo, muito mais importante do que ouvir ladainhas que todos conhecem pela repetição vezes sem conta.
A realidade prova que a Autonomia perde fôlego. Hoje remete-se para o Continente, competências que são nossas, o Parlamento perdeu credibilidade, a crise está instalada em todos os sectores, a pobreza aumenta, a dívida pública é preocupante, as diversas secretarias dão sinais de descontrolo sobre os processos e eu pergunto: SERÁ A CULPA DE TUDO ISTO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Obviamente que não!
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