Vale a pena ler o artigo de opinião do Dr. Carlos Pereira, Deputado do PS na Assembleia Legislativa da Madeira, hoje publicado no DN-M. O alerta vermelho continua e só o governo não vê a situação. Continua a chutar para longe problemas que têm de ser resolvidos aqui, no âmbito da Autonomia e com os órgãos de governo próprio.
"(...) Ainda esta semana conhecemos mais um resultado da governação Jardinista. A Madeira pode ser a primeira região do país a entrar num processos de deflação: uma queda generalizada dos preços decorrente da redução drástica da actividade económica e da falta de poder de compra dos madeirenses. A inflação negativa verificada em Janeiro e Fevereiro deste ano na nossa Região é, porventura, um dos sinais mais preocupantes do estado depressivo e frágil em que se encontra a nossa economia. Se juntarmos a isto outros factos: desemprego que cresce desde 2004 a um ritmo alucinante (150%, em 4 anos), indicadores de conforto que colocam a Madeira no último lugar das regiões portuguesas (em 2005, em 2006 e em 2007), rendimento disponível das famílias madeirenses inferior à maior parte das regiões portuguesas, muitos pobres, falências que em 2007 já constavam das capas dos jornais, resulta num cenário desolador para a Governação do PSD".
Nota:
Não deixa se ser revelador do desnorte governativo o que se está a passar no Porto Santo ao nível do comércio local. Agora, foram vinte e cinco lojistas a reclamarem contra a presença de chineses. Ao lado destes vem o inefável presidente da Associação de Comércio e Indústria do Porto Santo, dizer que o problema é do governo da República. Evidentemente que não é. O problema é que desenharam o Porto Santo para uma oferta cuja procura rareia fora do período estival. A questão central é esta. No essencial, confundiram crescimento com desenvolvimento. Multiplicaram a oferta a variadíssimos níveis e esqueceram-se de trabalhar a procura. Numa população de, aproximadamente, 5.000 pessoas e com uma limitada experiência de 3.000 camas, por isso, não consolidada (hotéis fechados no Inverno), já pensam na possibilidade de 8.000 camas de oferta com todas as consequências infra-estruturais que daí derivam. Pior, ainda, passaram ao lado de um Plano de Ordenamento do Comércio local, absolutamente necessário para uma resposta proporcional à procura e, portanto, não provocadora de desequilíbrios.
Mas sobre este este tema não sou a pessoa mais indicada para deles falar. Apenas constato. E aquilo que está aos olhos de todos é que os jovens fogem da ilha, os comerciantes desesperam, os hoteleiros fecham no Inverno e há infra-estruturas sem uma desejável utilização. Também aqui o alerta é vermelho e a procissão ainda vai no adro.
3 comentários:
Mais uns milhões para a gamela do costume.
É um fartar,vilanagem!
Recistas. Estão contra os chineses...
Lembram-se?
Se os preços aumentam e a inflacção é alta...
Se os preços caiem e há deflacção...
O PS bate por quem tem cão e porquemnão o tem...
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