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quinta-feira, 26 de março de 2009

TALUDA PARA OS PARTIDOS E ALTERNÂNCIA NO PODER

Duas notas ao início da manhã:
1ª O problema pode estar resolvido administrativamente mas não está do ponto de vista da sociedade. O "jackpot" que beneficiará os partidos com assento parlamentar, uma vez implementado, constituirá uma gravíssima ofensa a uma enorme fatia do Povo que "anda a passar mal". Numa Região afogada em dívidas, com milhares no desemprego, com muita gente a passar sérias privações, com dramas sociais por aí fora escondidos, atribuir, por ano, 5,4 milhões de euros aos partidos políticos constitui uma ofensa a quem trabalha e a quem vive de pensões de subsistência sejam elas de que natureza forem.
É evidente que os partidos necessitam de ser subvencionados para cumprirem o seu dever no quadro da estrutura democrática. Todavia, há limites. Há um valor a partir do qual se torna indecoroso. Cortam no pagamento das consultas médicas, chumbam a proposta de um complemento de pensão de € 50,00 aos idosos, permitem que os medicamentos não sejam totalmente aviados nas farmácias, ignoram o regresso de estudantes universitários que não conseguem suportar os encargos do ensino superior, enfim, falam até que o governo da República "rouba" verbas à Madeira e, depois, aprovam legislação cuja finalidade é gastar no supérfluo para manter o poder. Assim, NÃO.
2º Então, meu Caro Deputado Medeiros Gaspar, essa leitura (a de Virgílio Pereira sobre a alternância no poder) parece-lhe primária, porque faz com que se coloque o cidadão numa situação de incapacidade para pensar e decidir? Olhe que não. O professor Virgílio tem razão. A Democracia só se cumpre quando há alternância no poder. O problema é que a sociedade está manietada, essa Madeira mais profunda está bloqueada por múltiplas razões. Esta sociedade não consegue libertar-se, juntar-se, pensar o novo e procurar outros caminhos. É a subsidiodependência, é a fragilidade educativa, económica, cultural e social. É a força dos interesses, grandes e pequenos, disseminados por toda a Região, é o medo, é o discurso agressivo que intimida os menos esclarecidos, é a legião de oportunistas que, fazendo coro, limitam os actos de cidadania, enfim, todos sabemos que o ex-presidente do PSD tem razão. Evidentemente que ele agora pode assumir isso, tem idade e estatuto, já não espera nada da política, não concorre para nada e, portanto, é um livre-pensador, apesar de ter um filho aspirante a cargos de natureza política. Mas essa é outra história. Portanto, meu Caro, a limitação de mandatos deve ser regra. Saiba que, três mandatos até considero demais. Dois no máximo e se se portarem bem!

6 comentários:

Anónimo disse...

Senhor Professor

O Sr.Virgílio Pereira tem razão!
Claro que tem...com muitos anos de atraso.
Agora, que a barca se está a afundar,vai ser preciso um grande fôlego para sobreviver (e salvar toda esta incauta gente) do previsível e emimente naufrágio.
E,vocação de salva-vidas,é virtude que não caracteriza a trupe que "se governa" há trinta anos(Sr. Virgílio Pereira incluído).
O recado,longe de ser democrático,dirige-se aos seus pares,no sentido de largarem a "exaurida franga" à Oposição,sobre quem recaírá o onús das imensas dificuldades que estão à porta.
O serôdio "arroubo democrático", do fiel apaniguado, tem sabor(envenenado) a sermão emcomendado...

Anónimo disse...

Este vilhão,que é mesmo burro, tem cada uma!!!
Alguma vez, o Senhor Doutor Virgílio Pereira, andou a lamber botas ou aceitar ser moço de recados de alguém!?!
Isto só visto!!!

Anónimo disse...

Realmente,sr.Anónimo,isto só visto!
"Com que então"...Senhor Doutor!!!
Pensando bem,já nada me admira!
Depois de um engenheiro,feito ao domingo,só faltava um Doutoramento conferido a quem frequentou(ao que se diz,incompletamente)o 1º ano do Ensino Superior!!!
É Obra!!!
Agora percebo o tratamento usual de Professor!
Julgava eu que tal se devia ao facto do seu "Senhor Doutor" ter,nos três ou quatro anos(não muitos mais)que antecederam o 25 de Abril,sido professor provisório na Escola Industrial e Comercial do Funchal, como muitas dezenas de outros professores(antes de transitarem para outras actividades mais atractivas).
É preciso ter lata!!!

Pica-Miolos II disse...

Senhor Professor

Com que então...!?!
Há verdades que são "politicamente incorrectas", não é assim !?!
Mas,talvez não seja de esquecer, que quem comtemporiza com tartufos oportunistas,corre o risco de malbaratar toda uma obra em que, muitos, depositavam esperança.
Grato pela publicação dos (meus) comentários que entendeu,não voltarei a maçá-lo com as minhas cruas "impertinências".

André Escórcio disse...

É sempre um prazer ler as ditas "impertinências".
Este espaço está sempre aberto desde que seja para colocar as mais diversas opiniões. Só há um limite... não ofender pessoas. Mais nada. De resto é sempre, sempre bem vindo.
Um abraço.

Pica-Miolos II disse...

Senhor Professor
Antes de mais, quero penitenciar-me pelo facto de me ter convencido(dada a demora da publicação)que, o meu primeiro comentário,teria sido objecto de liminar rejeição.
Pelo meu mau juízo,apresento-lhe sinceras desculpas.
De resto, concordo consigo no que respeita ao limite por si considerado.
Aliás,com a Verdade nunca se ofende ninguém, a não ser quem,por omissão ou conveniência,se conforme, e compraza, com o repetido embuste.
O Sr.Virgílio Pereira,portador de uma proverbial "bonomia" -demasiada,para o meu "mau-gosto" -pretendendo,politicamente, agradar a Gregos e Troianos,não se sai muito bem na fotografia...
Os repentinos "ataques de democraticite" que, de tempos a tempos,o assaltam, só aos menos atentos convencerão.
Às vezes(contrariando os Ditadores,velho e novo),"em política,o que parece,...NÃO é."
A gratidão pelas prebendas tem um preço.
Preço esse que até pode configurar uma "rebeldia", consentida, ajustada à divulgação uma imagem de "democracia interna", para alívio, e bóia de salvação, da consciência do fiel e acéfalo eleitorado.
Em matéria de Bluff,como se sabe,Cardoso Jardim,é Mestre.
Melhor,Doutorado.
Grato pela sua atenção.