E a "factura" dos sessenta anos de ocupação espanhola será remetida para o Rei de Espanha? Tenham juízo e olhem para este Povo que está a passar mal!
Li o Despacho nº 11/2010, de 26 de Maio, assinado pelo Presidente do Governo Regional. Um Despacho curioso quando está em causa o “Deve e o Haver das Finanças da Madeira (Séculos XV a XXI)”. Um projecto de investigação considerado de importância prioritária para a Região, segundo o Presidente do Governo. Sobre este inaudito Despacho, o Grupo Parlamentar do PS comunicou o seguinte:
1. Esta é mais uma prova do descrédito desta governação regional que não consegue se libertar do conceito de permanente guerrilha institucional. Dir-se-á que está a preparar o terreno, munindo-se de dados, fabricados à medida, para, no momento considerado oportuno, desferir novos ataques à República. O que significa que este aparente bom relacionamento institucional entre os governos da Madeira e da República, infelizmente, já está ferido de morte. Depois, armar-se-á em vítima.
2. E pergunta-se, qual o interesse prático de mandar estudar o “deve e o haver” das finanças, de mais de 500 anos de História se a consequência política valerá zero? Quererá o governo regressar à velha e gasta historieta da independência deste Povo insulano? Ou será que, aproximando-se eleições regionais, o governo quer, desta vez, recorrendo ao dinheiro público, encontrar um fait-divers para enganar as pessoas, com contas absolutamente estúpidas e descontextualizadas no tempo? Tudo é possível.
3. Trata-se, com toda a certeza, de um fatinho ou contas à medida dos interesses da guerrilha na qual alinha um historiador que deveria se dedicar a outro tipo de estudos muito mais importantes na sua importante área de estudo. Assim se contratam pessoas, mobilizam-se recursos humanos e gasta-se alguns milhares para satisfazer um capricho.
4. Importante seria que o governo governasse, fosse ao encontro do desastre económico, financeiro, social e cultural na qual a sociedade madeirense e porto-santense está mergulhada.
5. O governo deveria estar apostado é no “deve e haver” das actuais finanças públicas, com é que este Povo irá sobreviver doravante face aos monstruosos encargos que estão por pagar. Como é que irá resolver o problema dos empresários, dos desempregados, da pobreza e da exclusão social. Essa é que é uma prioridade absoluta da governação e não estudar o que o Gonçalves Zarco levou daqui para fora! Tenham juízo e olhem por este Povo que está a passar mal.
DESPACHO 11/2010 DE 26 DE MAIO
O projecto de investigação sobre o «Deve e Haver das Finanças da Madeira (séculos XV a XXI)» é considerado de importância prioritária para a Região Autónoma da Madeira.
2. Assim, deve ser concretizado com a maior brevidade possível, sob a direcção do Senhor Doutor AlbertoVieira que, por este meio, fica dotado das competências para o efeito.
3. Em consequência, nos termos do artigo 73.º, n.ºs 1 e 2, da Lei n.º 130/99, de 21 de Agosto, mais determino:
a) Os serviços de todos os departamentos do Governo Regional da Madeira, bem como todas as Entidades sob sua tutela, prestarão as adequadas e necessárias facilidades para a sua concretização;
b) P r o c e d e r-se-á ao destacamento dos Professores necessários para o efeito;
c) São autorizados os estágios profissionais dos Licenciados considerados necessários à concretização deste projecto;
d) O Arquivo Regional da Madeira, com prioridade, facilita a consulta da documentação que a direcção do projecto entenda necessária, inclusivamente com o acesso a cópias em suporte digital dos jornais e dos documentos já digitalizados. Bem como procede, também prioritariamente, à organização e à catalogação dos Fundos necessários à consideração por este trabalho, que ainda o não estejam, particularmente os dependentes da tutela da Secretaria Regional do Plano e Finanças e os do Governo Civil e da Junta Geral do extinto «Distrito Autónomo», bem como de outros histórica e documentalmente importantes para o efeito pretendido.
4. O presente despacho vai para execução, a todos os Senhores Membros do Governo Regional e para publicação no «Jornal Oficial» da Região Autónoma da Madeira.
Funchal, 26 de Maio de 2010.
O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA,
Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim
1. Esta é mais uma prova do descrédito desta governação regional que não consegue se libertar do conceito de permanente guerrilha institucional. Dir-se-á que está a preparar o terreno, munindo-se de dados, fabricados à medida, para, no momento considerado oportuno, desferir novos ataques à República. O que significa que este aparente bom relacionamento institucional entre os governos da Madeira e da República, infelizmente, já está ferido de morte. Depois, armar-se-á em vítima.
2. E pergunta-se, qual o interesse prático de mandar estudar o “deve e o haver” das finanças, de mais de 500 anos de História se a consequência política valerá zero? Quererá o governo regressar à velha e gasta historieta da independência deste Povo insulano? Ou será que, aproximando-se eleições regionais, o governo quer, desta vez, recorrendo ao dinheiro público, encontrar um fait-divers para enganar as pessoas, com contas absolutamente estúpidas e descontextualizadas no tempo? Tudo é possível.
3. Trata-se, com toda a certeza, de um fatinho ou contas à medida dos interesses da guerrilha na qual alinha um historiador que deveria se dedicar a outro tipo de estudos muito mais importantes na sua importante área de estudo. Assim se contratam pessoas, mobilizam-se recursos humanos e gasta-se alguns milhares para satisfazer um capricho.
4. Importante seria que o governo governasse, fosse ao encontro do desastre económico, financeiro, social e cultural na qual a sociedade madeirense e porto-santense está mergulhada.
5. O governo deveria estar apostado é no “deve e haver” das actuais finanças públicas, com é que este Povo irá sobreviver doravante face aos monstruosos encargos que estão por pagar. Como é que irá resolver o problema dos empresários, dos desempregados, da pobreza e da exclusão social. Essa é que é uma prioridade absoluta da governação e não estudar o que o Gonçalves Zarco levou daqui para fora! Tenham juízo e olhem por este Povo que está a passar mal.
DESPACHO 11/2010 DE 26 DE MAIO
O projecto de investigação sobre o «Deve e Haver das Finanças da Madeira (séculos XV a XXI)» é considerado de importância prioritária para a Região Autónoma da Madeira.
2. Assim, deve ser concretizado com a maior brevidade possível, sob a direcção do Senhor Doutor AlbertoVieira que, por este meio, fica dotado das competências para o efeito.
3. Em consequência, nos termos do artigo 73.º, n.ºs 1 e 2, da Lei n.º 130/99, de 21 de Agosto, mais determino:
a) Os serviços de todos os departamentos do Governo Regional da Madeira, bem como todas as Entidades sob sua tutela, prestarão as adequadas e necessárias facilidades para a sua concretização;
b) P r o c e d e r-se-á ao destacamento dos Professores necessários para o efeito;
c) São autorizados os estágios profissionais dos Licenciados considerados necessários à concretização deste projecto;
d) O Arquivo Regional da Madeira, com prioridade, facilita a consulta da documentação que a direcção do projecto entenda necessária, inclusivamente com o acesso a cópias em suporte digital dos jornais e dos documentos já digitalizados. Bem como procede, também prioritariamente, à organização e à catalogação dos Fundos necessários à consideração por este trabalho, que ainda o não estejam, particularmente os dependentes da tutela da Secretaria Regional do Plano e Finanças e os do Governo Civil e da Junta Geral do extinto «Distrito Autónomo», bem como de outros histórica e documentalmente importantes para o efeito pretendido.
4. O presente despacho vai para execução, a todos os Senhores Membros do Governo Regional e para publicação no «Jornal Oficial» da Região Autónoma da Madeira.
Funchal, 26 de Maio de 2010.
O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA,
Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim
2 comentários:
André Escórcio
O fim da "trégua" era mais que previsível; não espanta ninguém!
Permita-me, meu Caro Amigo,que,para além dos 60 a debitar à dominação espanhola,considere o bónus,a fundo perdido,dos 48 anos de verdadeiro oásis...
Mesmo assim, ainda restam 484 a ressarcir...fora os juros de mora!
Senhor Professor
Eu cá, no meu fraco entender,acho que não se deve brincar com coisas sérias!
Então,nestes 36 anos de Democracia,a Madeira,pelo simples facto de ser uma Região PORTUGUESA, não recebeu muito mais da Europa e da República do que aquilo com que contribuíu para o todo Nacional ao longo da sua história!?!
Que eu saiba,o mesmo não aconteceu com Cabo Verde,S.Tomé e Timor,por terem optado pela independência.
Há gente que devia ter vergonha na cara...
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