Interessante esta proposta do PSD, isto é, estamos entalados, de corda ao pescoço, na fronteira com o caos, portanto, naquilo que é essencial vamos aqui fazer uma "vaquinha", vamos todos para dentro do saco de gatos, dividimos as responsabilidades de trinta e seis anos e, assim, permaneceremos mais uns anitos no poder! Interessante, esta proposta, mas convenhamos que é preciso ter uma grande lata para a fazer. Por mim, só há uma palavra para este PSD: rua! Pelo que fizeram e por aquilo que não fizeram. E neste aspecto, o Senhor Representante da República, com as suas declarações de hoje, não está a ver bem o problema da Madeira. É lapalisseano sublinhar que "vamos viver momentos difíceis" e que "temos que ter esperança". Mas qual esperança Senhor Representante? Terá o Senhor Representante conhecimento de algum plano de crescimento económico que os madeirenses desconheçam?
Repita lá, outra vez Senhor Deputado Coito Pita! Consenso para evitar um desastre? Mas como é que pode haver qualquer consenso com o PSD? Um partido que, desde há trinta e seis anos, ostracizou e espezinhou a oposição política, chumbando todas as propostas que pela Assembleia passaram, que utilizou todos os mecanismos legais e os ilegais para se manter no poder? Como é que pode existir sequer a hipótese de diálogo? Nem a actual nem a próxima geração de políticos do PSD, aquela que anda pela juventude, deve merecer qualquer confiança. Trinta e seis anos merecem, no mínimo, quatro a cinco legislaturas de cura de oposição. Fazer consensos, sim, mas com quem tem as mãos limpas e o discurso coerente e portador de futuro, nunca com quem trouxe a Região ao desastre económico, financeiro, social e cultural. É assim em qualquer parte.
Interessante esta proposta do PSD, isto é, estamos entalados, de corda ao pescoço, na fronteira com o caos, portanto, naquilo que é essencial vamos aqui fazer uma "vaquinha", vamos todos para dentro do saco de gatos, dividimos as responsabilidades de trinta e seis anos e, assim, permaneceremos mais uns anitos no poder! Interessante, esta proposta, mas convenhamos que é preciso ter uma grande lata para a fazer. Por mim, só há uma palavra para este PSD: rua! Pelo que fizeram e por aquilo que não fizeram. E neste aspecto, o Senhor Representante da República, com as suas declarações de hoje, não está a ver bem o problema da Madeira. É lapalisseano sublinhar que "vamos viver momentos difíceis" e que "temos que ter esperança". Mas qual esperança Senhor Representante? Terá o Senhor Representante conhecimento de algum plano de crescimento económico que os madeirenses desconheçam? Como pode haver esperança com políticos que não apresentam soluções? Mas, pior ainda, oh Senhor Representante, disse que "temos que saber viver com essas dificuldades, temos que encontrar meios de superar as dificuldades e temos que sobretudo olhar para aqueles que são os mais fracos e tentar que nunca se deixe que essas pessoas desçam abaixo daquilo que tem a ver com a dignidade da pessoa humana", e eu questiono-lhe, enquanto cidadão, com que meios, perante uma economia de rastos e com um plano de ajustamento financeiro sufocante e que corta qualquer margem no sentido de gerar confiança e esperança? E conhecerá a fome, a falta de dignidade humana que já existe por esses becos fora?
O que precisamos, Senhor Representante, é de um governo de salvação regional e não de palavras de circunstância, absolutamente gastas, sobretudo quando já nada há mais para dizer. Curiosamente, as palavras do Deputado Coito Pita conjugam-se com as do Senhor Representante: um pede consensos, outro, sublinha que "temos que encontrar meios de superar as dificuldades e temos que sobretudo olhar para aqueles que são os mais fracos e tentar que nunca se deixe que essas pessoas desçam abaixo daquilo que tem a ver com a dignidade da pessoa humana". Isto é, a palavra "temos", articula-se com o discurso do consenso. Não, Senhor Representante, o futuro não se constrói com aqueles que produziram a pobreza, o desemprego e o caos social. O futuro constrói-se com inovação, com gente desprendida do poder, com cidadãos sem as mãos manchadas daquilo que, alegadamente, o preocupa, Senhor Representante. O futuro constrói-se com o perdão da República a uma parte da dívida da Madeira e com o pedido de desculpas aos madeirenses por parte do UI (único importante). O futuro constrói-se, não com o conhecido PSD, nem com velhas raposas, com aqueles que são, hoje, capazes de dizer que nada tiveram a ver com aquela gente! O futuro constrói-se com decência, em liberdade, em democracia, com seriedade, rigor, sentido das prioridades, respeito e muita disciplina a todos os níveis.
Ilustração: Google Imagens.
6 comentários:
Não foi o Coito que disse que existia na Madeira democracia a mais? Ele apela a um consenso mais o partido da maioria chumba sempre as proposta dos partidos da oposição e sem qualquer pudor apresenta as mesmas propostas como suas!O PSD/M bem tenta comprometer a oposição às suas loucuras!
Obrigado pelo seu comentário.
É verdade, já não me lembrava dessa história da "democracia a mais".
Na verdade tentam levar a oposição para o redil onde se meteram desde há muito.
Senhor Professor
Já reparou que por alguma razão o Representante usa um babette?...
A "pose" não condiz com as baboseiradas...
Sr. André Escórcio,
Quando é que volta à ALM? Temos saudades suas...
Ao Caríssimo Pica-Miolos, obrigado pelo comentário.
Diverti-me com o humorado texto.
Ao "Anónimo",deixei lá bons amigos(as). Muito dificilmente, porque tudo tem o seu tempo...
É caso para dizer a frase mais ouvida nas sessões: "Senhor Deputado, o seu tempo terminou".
Um abraço, seja quem for aquele(a) que manifestou saudades do meu trabalho. Obrigado.
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