Há dias, neste espaço, perguntava, "organizações perfeitas: onde estão elas?". É evidente que não existem. Há sempre conflitos. O problema é quando não se sabe gerir esses conflitos. Há conflitos funcionais e disfuncionais. Compete ao gestor perceber e actuar em nome da organização. Ora, vem isto a propósito das recentes alterações que o Presidente do PS entendeu fazer no seio dos seus mais directos colaboradores. Pois bem, não vejo qualquer problema nas mudanças e tanto assim é que os Deputados Vítor Freitas e Jaime Leandro se predispuseram, de imediato, a uma colaboração sem limites, sublinhando os superiores interesses do PS em termos de discurso político. Desenganam-se, portanto, aqueles que pensam que o Grupo Parlamentar está dividido. Não está e nunca esteve. O trabalho realizado ao longo de quase dois anos foi consistente e só quem não quer ver ou anda distraído passa ao lado das dezenas de propostas apresentadas na ALM. Propostas estudadas, elaboradas com rigor e que, no plano económico, por exemplo, fizeram o governo vergar-se à realidade adoptando-as como suas.
De facto, há uma tendência para esquecer tudo o que tem origem no PS e potenciar os factores pressupostamente negativos. Basta consultar o que foi feito no âmbito da economia, das finanças, da educação, dos assuntos sociais, basta ter em atenção o motivo dos constrangimentos impostos no uso da palavra na ALM, com três regimentos no espaço de um ano, para percebermos que a atitude do PS foi, indiscutivelmente, de grande qualidade política. Infelizmente há pessoas e comentadores que se esquecem, num ápice, tudo o que tem sido realizado em várias frentes, e aproveitam determinados momentos para, de certa forma, ainda que não intencionalmente, facilitar a vida a quem está no poder. Mas no dia em que a população der ao PS o governo desta Região, vamos certamente todos assistir à aproximação de quadros e outros da nossa sociedade a dizer que nunca tiveram nada a ver com o PSD. Só aí sobressairão os anos de luta política de muitos madeirenses e porto-santenses em prol de uma sociedade mais justa, mais livre, mais apostada na felicidade de todos e não apenas de alguns.
O PS não precisa de favores e de ajudas de ninguém. Precisa, apenas, que os que andam por fora, os que não têm coragem para assumir a luta no campo partidário, sejam honestos com a sua verdade, isto é, não analisem pela rama.
3 comentários:
Um dia disse-lhe que confiava muito em si. Admiro-o pela capacidade de um discurso digno, coerente e honesto. Disse-lhe que o destino de uma mudança na Madeira poderá começar por si. Não me enganei e fico feliz por isso. Não mude de atitude. Lute como sempre fez, mas nunca se esqueça que por trás estão muitos madeirenses com a confiança depositada em si.Não serão certamente a maioria, mas serão os capazes de aceitar verdadeiramente uma mudança para uma Madeira saudável, sem tachos, onde a honestidade impera e há tolerância zero para corrupção. Pode ser um sonho, mas...há sonhos que se tornam realidade, não é?
Por tudo o que tem vindo a escrever aqui e por tudo o que vi ao longo destes anos da sua vida política, não tenho a menor dúvida que conseguirá.
Parabéns e saiba que não está sozinho nesta luta...
Mas lembre-se! Seja sempre coerente com os seus princípios e ideais. Não ceda a pressões nem interesses. Perdoe-me estas últimas palavras, mas para um político nunca é demais lembrar.
Bem haja.
Muito obrigado pelas suas palavras. Conseguiu comover-me.
Sabe, bem gostaria de ver essa Madeira saudável de que fala. Essa expressão é muito feliz e, no fundo, sintetiza a luta quase inglória de muitos.
Li, em tempos um texto de um cineasta, cujo nome não me ocorre, mas que explicava a alguém a UTOPIA. Dizia: ela está no horizonte. Damos três passos e ele distancia-se três passos; damos vinte e ele distancia-se vinte. Para que serve a utopia? Ora bem, serve para isso mesmo, para caminhar.
Tento fazer isso, com o sentido da realidade e da responsabilidade. Mas saiba que é muito difícil numa terra onde alguém secou tudo à sua volta.
Vamos caminhando...
Muito obrigado. Creia que, embora não o conhecendo (para já) o seu texto foi uma excelente prenda de anos no momento que entro nos 60 anos.
Obrigado.
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