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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ATÉ PARECE QUE QUEM GOVERNA A MADEIRA É JOSÉ SÓCRATES!

A propósito das medidas de combate à crise, o Secretário Regional dos Recursos Humanos, Dr. Brazão de Castro, não fez por menos e ditou para o jornalista do Diário Cidade: "Medidas da República têm sido um fracasso". Não se reportou ao desastre que por aqui se multiplica, nada disse relativamente à frouxa atitude do Vice-Presidente do Governo Regional que tutela áreas de importância vital na criação de emprego, apenas atacou a República como se o Presidente do Governo Regional se chamasse José Sócrates e, Brazão de Castro, um membro da oposição.
Que eu saiba, porque está publicado e exaustivamente difundido, o governo da República, no meio desta tempestade económica e das limitações que todos conhecemos, tem vindo a dedicar especial atenção à actividade económica, onde se destaca a linha de crédito de 2000 M€ para PME, a criação de um fundo de reestruturação industrial, o apoio aos mecanismos de seguro de crédito à exportação (4000 M€), o apoio à promoção externa, o apoio ao financiamento de projectos de investimento privados na agricultura e na agro-indústria, co‐financiados por fundos comunitários, a criação de uma linha de crédito de apoio à exportação e competitividade da agricultura, das pescas e agro-indústria no montante de 175 M€, o crédito fiscal ao investimento em 2009 que poderá atingir 20% do montante investido, dedutível em quatro exercícios, a auto-liquidação do IVA na prestação de bens e serviços às Administrações Públicas de montante superiora 5000,00 €, aceleração do reembolso do IVA, baixando o seu limiar de 7500,00 € para 3000,00 €, a redução do valor mínimo do pagamento especial por conta para 1000,00 €, isto para não falar do alargamento do subsídio de desemprego, das medidas de apoio às famílias, do complemento solidário de idosos, do apoio às pessoas portadoras de deficiência e, entre muitas outras, das medidas para reforço da equidade fiscal. Atenção: muitas dessas medidas, sobretudo as do âmbito da segurança social, extensivas à Madeira e pagas pelo Orçamento de Estado. É que há ainda quem pense que o governo regional é que paga as reformas e as pensões, entre outras coisas!
A listagem é longa, de apostas directas e indirectas, mas o Dr. Brazão de Castro preferiu e prefere atacar quem menos culpa tem pelo desastre da governação regional. O Engº José Sócrates é primeiro-ministro há pouco mais de três anos e o governo ao qual pertence o Dr. Brazão de Castro é líder na Região há 33 anos! Uma diferença de trinta anos, mas a culpa é sempre dos outros.
A política tem de ser feita com respeito e com responsabilidade. Um Povo adulto e atento, obviamente, que há muito tinha mandado estes senhores cantar para outro sítio. Há coisas que me revoltam e que me tiram do sério.

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