Se alguns políticos, com responsabilidades governativas, actuassem na vida privada (familiar, inclusive) como actuam no governo, certamente, estariam a contas com a Justiça e, em muitos casos, condenados. Não é aceitável, em circunstância alguma, ainda para mais em tempos muito difíceis, desbaratar o dinheiro de todos nós. São os casos de obras megalómanas, desajustadas das necessidades locais e sem qualquer retorno económico, social e cultural, o drama dos encargos das designadas obras a mais, são as sucessivas derrapagens financeiras, são os milhões de juros pagos por dívidas cujos pagamentos não foram acautelados, enfim, consequência da falta de rigor no planeamento, todos nós acabamos por pagar milhões que muita falta fazem para colmatar indiscutíveis prioridades.
Hoje, a edição do DN-Madeira dá conta: "(...) São mais de 362 mil euros (ou 72 mil contos na moeda antiga) de dinheiro público deitado para ao 'mar'. Melhor dizendo, que o Governo Regional (GR) pagou a um consórcio de empresas da construção civil, a quem tinha sido adjudicada a obra para um Pavilhão Gimnodesportivo na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, entretanto cancelada e alterada para outro local". Sinceramente, isto é caso para o Ministério Público investigar à lupa. Se, politicamente, constitui uma matéria de condenação por parte do Povo eleitor, do ponto de vista dos dinheiros públicos penso que é motivo bastante para esclarecimento dos contornos desta operação e se há ou não responsáveis. Não é admissível que no jogo do poder se continue a brincar com os impostos de todos. Será que o Sócrates é também culpado desta situação?
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