Estou já numa fase da vida que há situações que, embora não as estranhe, causa-me enjoo. Talvez, mesmo, um certo nojo. Agora, como sempre nos períodos mais complexos, é o Palácio de S. Lourenço que está em causa por ocupação indevida, é o Representante da República que deve ir embora, porque vive principescamente, não resolve os problemas e ser provocador, enfim, de tempos em tempos, como soe dizer-se, salta a tampa ao líder e o Deputado de serviço lá tem de vir dizer coisas extremamente inconvenientes e que roçam a má educação. Não do Deputado, pessoa que tenho por correcto na relação que mantém com os outros, mas do presidente do PSD-M que, obviamente, manda assumir tais posições. Ninguém acredita que o Dr. Jardim nada tem a ver com as declarações do tal líder do FAMA. E isto incomoda, porque denuncia, claramente, incapacidade para dialogar, denuncia a preocupação de afastamento das pessoas que não tenham uma coluna de plasticina, denuncia o desvio das atenções do que é fundamental para fait-divers que nada dizem ao Povo, denuncia uma lógica de poder absoluto e denuncia que tanto se elogia hoje pelos brilhantes serviços prestados como, amanhã, se aniquila e vilipendia na praça pública quem foi elogiado.
O problema é que o Povo, aquele que, de chapéu na mão, vem dos confins da Região para depositar o voto, não compreende nada do que se está a passar. Infelizmente, a sua leitura da vida não vai muito além do preço dos adubos e dos pesticidas e do que diz o Senhor Padre, o senhor(a) da Casa do Povo e o da Junta de Freguesia. Como gostaria eu de viver numa terra de respeito, de desenvolvimento sustentável e de gente feliz!
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