Tudo é desvalorizado, criam fantasmas, semeiam a ideia da sabotagem, atiram responsabilidades para outros e tudo passa incólume. Pensam: o tempo apagará as manchas. Só há que ter paciência, capacidade para aguentar uma certa pressão inicial e pronto, tudo regressa à normalidade.
Dizia-me, há dias, uma senhora, a propósito da tragédia de 20 de Fevereiro: senhor, isto foi "anateresa". Pois, os fogos têm a responsabilidade da tal "anateresa", a queda da palmeira no Porto Santo foi por causa "d'anateresa", aqueles que morreram nos Socorridos, obviamente, que foi por causa "d'anateresa", os que num dia chuvoso e de nevoeiro perderam a vida nas serras em uma prova de acesso, julgo que a guardas florestais, claro que foi devido à "nateresa", a marina do Lugar de Baixo foi ao ar devido essa tal "anateresa", a canalização excessiva das ribeiras fizeram a água galgar e semear o pânico e a morte enfim, ela é, para alguns e para o governo, responsável por tudo, pelas mortes, pelos desastres ecológicos, pelos desastres económicos, por tudo. Reponsáveis políticos, onde estão eles? Não existem. Tudo é desvalorizado, através de fantasmas, da ideia da sabotagem, das responsabilidades atiradas para outros e tudo passa incólume. Pensam: o tempo apagará as manchas. Só há que ter paciência, capacidade para aguentar uma certa pressão inicial e pronto, tudo, em prazo curto, regressa à normalidade. A prova disso está na decisão do governo relativamente à ribeira que corre junto ao "Dolce Vita": cobriram-na, totalmente, mas ontem, o secretário do equipamento social veio dizer que ela tem de correr a céu aberto. E mais, que o edifício ali ao lado, o Minas Gerais, possivelmente, terá de ser expropriado, total ou parcialmente. Com o dinheiro de todos nós, claro. Tudo por causa "d'anateresa". Ninguém é responsável por nada, pelo licenciamento daquela obra, possivelmente sem adequados e sérios estudos e ninguém é responsável pela cobertura da ribeira. Vão gastar-se milhões para corrigir os erros e ninguém é responsabilizado, a não ser a malfadada "a'nateresa", tal como se pronuncia por aí adentro.
Só aqui, digo eu, ou em sistemas de controlo absoluto da informação. No caso da "palmeira", gostaria de ter visto, por exemplo, no "serviço público" um trabalho sério e profundo, um "especial informação", onde técnica e cientificamente, tudo fosse passado a limpo, através da audição das partes, mas não, o silêncio é total, basta um apontamento de reportagem e ponto final. Porque terá de prevalecer a ideia, se calhar, da sabotagem e não da incúria. Mortos, o que isso? Está sentenciado, há muito: "temos de conviver com o risco" e pronto. Não temos possibilidade de prender "anateresa".
Dizia-me, há dias, uma senhora, a propósito da tragédia de 20 de Fevereiro: senhor, isto foi "anateresa". Pois, os fogos têm a responsabilidade da tal "anateresa", a queda da palmeira no Porto Santo foi por causa "d'anateresa", aqueles que morreram nos Socorridos, obviamente, que foi por causa "d'anateresa", os que num dia chuvoso e de nevoeiro perderam a vida nas serras em uma prova de acesso, julgo que a guardas florestais, claro que foi devido à "nateresa", a marina do Lugar de Baixo foi ao ar devido essa tal "anateresa", a canalização excessiva das ribeiras fizeram a água galgar e semear o pânico e a morte enfim, ela é, para alguns e para o governo, responsável por tudo, pelas mortes, pelos desastres ecológicos, pelos desastres económicos, por tudo. Reponsáveis políticos, onde estão eles? Não existem. Tudo é desvalorizado, através de fantasmas, da ideia da sabotagem, das responsabilidades atiradas para outros e tudo passa incólume. Pensam: o tempo apagará as manchas. Só há que ter paciência, capacidade para aguentar uma certa pressão inicial e pronto, tudo, em prazo curto, regressa à normalidade. A prova disso está na decisão do governo relativamente à ribeira que corre junto ao "Dolce Vita": cobriram-na, totalmente, mas ontem, o secretário do equipamento social veio dizer que ela tem de correr a céu aberto. E mais, que o edifício ali ao lado, o Minas Gerais, possivelmente, terá de ser expropriado, total ou parcialmente. Com o dinheiro de todos nós, claro. Tudo por causa "d'anateresa". Ninguém é responsável por nada, pelo licenciamento daquela obra, possivelmente sem adequados e sérios estudos e ninguém é responsável pela cobertura da ribeira. Vão gastar-se milhões para corrigir os erros e ninguém é responsabilizado, a não ser a malfadada "a'nateresa", tal como se pronuncia por aí adentro.
Só aqui, digo eu, ou em sistemas de controlo absoluto da informação. No caso da "palmeira", gostaria de ter visto, por exemplo, no "serviço público" um trabalho sério e profundo, um "especial informação", onde técnica e cientificamente, tudo fosse passado a limpo, através da audição das partes, mas não, o silêncio é total, basta um apontamento de reportagem e ponto final. Porque terá de prevalecer a ideia, se calhar, da sabotagem e não da incúria. Mortos, o que isso? Está sentenciado, há muito: "temos de conviver com o risco" e pronto. Não temos possibilidade de prender "anateresa".
A NATUREZA paga tudo. Mas sinto que os que se escondem por detrás "d'anateresa", estão a ficar a jeito. Com toda a lata como dela falam, está para breve o dia que se revoltará contra os que utizam o seu nome em vão!
Ilustração: Google Imagens.
3 comentários:
Nascemos hoje e vamos ser implacáveis. Ninguém escapará, seja na oposição seja no partido do poder. Claro que os que mamam à sombra da máfia jardinista serão o nosso alvo preferencial. Visite-nos em ilhotamamadeira.blogspot.com
Meu Caro André.
A Mãe natureza, tem as costas largas.
Quando se tem a lata de vir a terreiro dizer que uma simples garrafa é causadora dum fogo, ou é estúpido ou não percebe nada da natureza( digo Física). Todos sabemos a que velocidade gira a terra e, por muito que se queira os raios solares só incidem sobre uma lente fixa, apenas numa fração de segundos. Não me venham tapar os olhos com palas de burro. Quanto ao leito dos rios e ribeiras, só o legislador incompetente é o causador. Realmente há desastres ecológicos inexplicáveis mas, não são assim tão frequentes. Um raio nunca cai no mesmo sítio. O conhecimento, a vontade política, o tentar bem servir o povo , a mão implacável da justiça são factores a ter em consideração. O que se verifica é o nepotismo das pessoas e o servir-se da ignorância dos outros. Tubarões sempre existiram, mas só podemos tolerar aqueles que teem o seu habitat próprio, o mar. Quando rompeu o 25 de ABRIL, gritei de alegria, pois pensei que tinha conquistado a liberdade, a tolerãncia a fraternidade e a irradicação dos abutres. Que engano!!! A ladroagem aumentou, os assassinos do povo proliferaram qual formigueiro...só nos resta por enquanto poder dizer aquilo que nos passa pela alma.
Perdão por este desabafo, mas o seu grito, penetrou na minha carne. Não podia estar mais de acordo. Se entender que estou a usurpar seu espaço, diga-me de sua justiça, pois deixarei de o aborrecer. Um abraço e, força para levar-mos este país a bom porto. Fora com a canalha. João
Muito obrigado pelo seu excelente comentário.
Arrepiou-me o seu último parágrafo, pela sinceridade e pelo forte sentimento que brota da sua alma madeirense.
Este espaço é de todos os que, sentindo-se cidadãos de corpo inteiro e que não estão enfeudados a organizações, inclusive, políticas. O partido, para mim, é apenas um instrumento para proporcionar aos cidadãos uma vida melhor. Por isso, mantenho este blogue como complemento da minha actividade.
As suas palavras escorreram-me na garganta como mel, simplesmente porque levo uma semana que, às vezes, leva-me a pensar que estou no deserto. Afinal... há pessoas atentas, como o meu Caríssimo.
Obrigado.
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