Mas, independentemente, desta recorrente história em que o presidente do governo hoje diz uma coisa e amanhã outra, sempre em função do local, do momento e do que as plateias querem ouvir, a questão que se coloca é a de saber o que entende o presidente por "avaliação de desempenho". Entenderá, por exemplo, que a expressão é sinónima de "classificação de desempenho"?
Que a classe docente acorde e esteja atenta ao paleio de circunstância que por aí vai acontecendo, não se deixando ir na lengalenga que vão cantarolando aos ouvidos.
Mas, independentemente, desta recorrente história em que o presidente do governo hoje diz uma coisa e amanhã outra, sempre em função do local, do momento e do que as plateias querem ouvir, a questão que se coloca é a de saber o que entende o presidente por "avaliação de desempenho". Entenderá, por exemplo, que a expressão é sinónima de "classificação de desempenho"? Ou tem elementos e um conceito diferente e actual no quadro de uma "CULTURA DE DESEMPENHO"? E saberá, o ainda presidente, o que é que significa e em que assenta uma cultura de desempenho? No seu conceito, bastará rotular, subjectivamente, em função dos bons ou maus humores de uma qualquer chefia ou ligação partidária, porque não, ou a designada cultura de desempenho assenta em outros contornos que não são passíveis de serem quantificados, embora o contributo seja relevante para a organização?
Ora, o que deduzo do que li, para além das incoerências discursivas, é que não tem uma ideia sobre esta matéria. Ele não tem, tampouco, no caso dos docentes, tem o Secretário da Educação e Cultura, a avaliar por aquilo que há meses se está a passar com os educadores e professores que trabalham na Região Autónoma da Madeira.
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
Só um pequeno problema no seu comentário. Mesmo com avaliação, 95% dos docentes são BONS ou MUITO BONS ou até EXCELENTES.
Assim, com este sistema, não vamos longe e a progressão, como refere o presidente é "pelo tempo de serviço"...
E todos os docentes, bons, suficientes, mediocres e maus (ou não os haverá?) chegam sempre ao fim da carreira e vão para a reforma no escalão de topo.
Mais uma vez, provando que o preseidente tem razão. É pelo tempo d eserviço que se progride em Portugal (apesar da sua ex-ministra Maria de Lurdes ter tentado evitar isso).
Claro que o resultado do sistema é previsível: quem faz - ainda - alguma coisa rapidamente deixará de o fazer. É porque não valerá a pena. Quem trabalha e quem não trabalha chega sempre ao mesmo lugar...
Faça o paralelismo com o desporto. Quam treinaria com afinco se o trabalho e o esforço não fosse premiado?
Obrigado pelo seu comentário.
Eu compreendo, totalmente, o seu posicionamento. No entanto, porque defendo uma escola de rigor, de participação qualitativa e de excelência, considero ser possível e desejável a implementação de uma cultura de desempenho. Tem imensos contornos, de alguma complexidade, leva tempo para introduzir e consolidar, mas é muito mais eficaz. Enquanto um professor não assumir um "sentido de pertença" à instituição que o acolhe e paga, não classificação de desempenho que melhore os resultados do sistema. Há muitos estudos sobre esta matéria e o próprio sindicato dos inspectores assim advoga. É curioso, não é? Mas, como disse, este assunto é complexo. O meu Caro entrou e está disponível para discutí-lo, mas a maioria, na Assembleia, por exemplo, rejeita discutir. Eu tenho pena!
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