(...) Mais prepotência no mando. Por exemplo, demitir gestores ao pequeno almoço. Deturpar a história e até o presente que desfila diante de todos. E mais ilegalidades gratuitas, género cinto de segurança, tabaco e crucifixo, para atrair os flashes. Mais pseudo-conflitos com Lisboa para 'armar em forte' (...)
Li e não resisto a publicar mais uma notável análise à política regional, da edição de hoje do DN, escrita pelo Jornalista Luís Calisto. Vale a pena ler, aqui.
"(...) Mais um ano 'disto'. Desestabilização gratuita que é para o povo temer os 'inimigos da Madeira'. Zaragata, peixeirada permanente para emprateleirar longe de cena as elites política, económico-financeira, cultural e tecnocrática da nossa Sociedade. Fantasmas delirantes: o 'triângulo do mal', a ERC, o TC, maçonaria, Trilateral, os traidores, a gandulagem, os colaboracionistas. Lá virá a discussão constitucional para tratar do tonitruante caso do inquilino de S. Lourenço. Ah, e de novos poderes para sufocar ainda mais o cidadão encurralado. Mais prepotência no mando. Por exemplo, demitir gestores ao pequeno almoço. Deturpar a história e até o presente que desfila diante de todos. E mais ilegalidades gratuitas, género cinto de segurança, tabaco e crucifixo, para atrair os flashes. Mais pseudo-conflitos com Lisboa para 'armar em forte'. Zangas pessoais para ganhar destaque de primeira página duas vezes: quando da zanga e quando das pazes (Cavaco, Soares, Balsemão, Sócrates, Passos Coelho). Mais ameaças: castigar 'sabotadores' do investimento, destruir jornais, sanear televisões. E outras ameaças de processos judiciais. Mais inaugurações de becos e visitas a obras paradas. Mais desmentidos mentirosos para contra-informar e artigos apócrifos no jornal do chefe. Mais tabu 'fica-não-fica' para ocupar o centro, para se alapar em segurança, a salvo dos alçapões. E 'reacções' diárias a tudo e a nada. Cumprimentos com chapéu alheio. Hinos ao 'povo superior' e 'morras' à Madeira velha. Mais contradições desaforadas. Mais antropofagia baseada no insulto, na calúnia abjecta, no ápodo escatológico. E, no Verão de 2011, à beira de eleições, outra edição da festarola na herdade Chão da Lagoa, hoje elevada à insultuosa classificação de "momento alto da vida cívica da Região". Ao que chegou "a vida cívica da Região", que, segundo o poder institucional, tem como ponto alto uma concentração montanhesa de macarrão e copos, poeira e sol, discursos avinagrados e música pimba.
Mais um ano 'disto'. Logo, mais vitórias absolutas. Logicamente.
Boas férias e bom regresso a quem é bom de estômago".
Mais um ano 'disto'. Logo, mais vitórias absolutas. Logicamente.
Boas férias e bom regresso a quem é bom de estômago".
Ilustração: Google Imagens.
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