Olho para este naipe de governantes e questiono-me, quantas, mas quantas pessoas nesta sociedade estariam melhor preparadas para responder aos problemas que a Região enfrenta. Quantas? Com o devido respeito pelas pessoas e não pelas suas políticas, passo, um a um, estas figuras que compõem o governo da Madeira e nelas vejo a imagem de políticos desacreditados, ilusionistas, contorcionistas, equilibristas, que repetem, de forma "perfeita", o mesmo número há tantos anos sem inovação e sem criatividade.
Nada de novo, para além da pertinência na apresentação dos dados, trouxe o trabalho ontem publicado, pelo Jornalista Miguel Torres Cunha, na edição do DN (ler aqui). Quando o Jornalista refere que os dados são "inquietantes", obviamennte que são e há muito estão diagnosticados. Quantas intervenções foram produzidas nesse sentido na Assembleia Legislativa da Madeira? Quantas intervenções, profundas, cheias de elementos que arrepiam qualquer político (ou não) com um mínimo de bom senso, quantas propostas foram aduzidas perante a situação criada e quantos "chumbos" acabaram por ter essas enunciadas preocupações? Mais, alguém poderá esquecer-se do que foi defendido e sustentado pelo Deputado Carlos Pereira (PS), em sede de debate do Orçamento Regional, no Orçamento Rectificativo, nos projectos de Decreto Legislativo, nas intervenções no "período antes da ordem do dia", nos debates onde esta matéria foi ventilada? Alguém pode esquecer-se do que técnica e politicamente foi analisado e criticado, perante uma maioria parlamentar que, por seu turno, se manteve distante da realidade e combativa aos argumentos, sobretudo aos oriundos da bancada do PS? Alguém se esquecerá que o Grupo Parlamentar do PS apresentou, sobre as Sociedades de Desenvolvimento, mais de 400 perguntas ao Vice-Presidente? Quatrocentas que poderiam ser o dobro, isto é, perguntas que incomodam e colocam em causa a existência megalómana destas Sociedades e das obras? E quantas insinuações e ofensas pessoais foram produzidas a todos aqueles que ousaram colocar o dedo na ferida?
E, depois, há quem por aí diga e divulgue que, mormente o PS, não é alternativa ao poder. No espaço próprio do debate político, de forma sustentável, com o rigor do conhecimento dos dossiês, os problemas são equacionados e as soluções divulgadas, porém, logo a seguir esquecidas. Ou se trata de cegueira política ou de medo.
Olho para este naipe de governantes e questiono-me, quantas, mas quantas pessoas nesta sociedade estariam melhor preparadas para responder aos problemas que a Região enfrenta. Quantas? Com o devido respeito pelas pessoas e não pelas suas políticas, passo, um a um, estas figuras que compõem o governo da Madeira e nelas vejo a imagem de políticos desacreditados, ilusionistas, contorcionistas, equilibristas, que repetem, de forma "perfeita", o mesmo número há tantos anos sem inovação e sem criatividade. Este circo, ou melhor, esta tenda onde o circo se desenvolve, está velha, rota, mete água, as cadeiras desengonçadas, os "animais" cheios de fome, mas os tratadores e os donos do circo, depois do espectáculo diário, regressam sem um pingo de sentimento pelos erros que estão a cometer em função do futuro.
Escrevo com a alma e com o sentimento que vem do mais profundo do meu ser. Não contra as pessoas envolvidas, mas contra um sistema que estrangula, que constrange e do qual não se espera futuro melhor. É tempo desta gente zarpar, sair de cena, ter a consciência que há outros melhores e bem preparados para os desafios que a Madeira tem pela frente. Eles próprios assumirem, com dignidade, que a mentira tem de dar lugar à esperança, que o egoísmo tem de ser suplantado pela doação aos outros, que o martírio dos pobres e excluídos tem de ser eliminado por força das políticas que considerem o Homem o centro dessas políticas.
Escrevo com a alma e com o sentimento que vem do mais profundo do meu ser. Não contra as pessoas envolvidas, mas contra um sistema que estrangula, que constrange e do qual não se espera futuro melhor. É tempo desta gente zarpar, sair de cena, ter a consciência que há outros melhores e bem preparados para os desafios que a Madeira tem pela frente. Eles próprios assumirem, com dignidade, que a mentira tem de dar lugar à esperança, que o egoísmo tem de ser suplantado pela doação aos outros, que o martírio dos pobres e excluídos tem de ser eliminado por força das políticas que considerem o Homem o centro dessas políticas.
Gostaria de assistir a uma mudança, mas sei quanto difícil é mudar a mentalidade, chegar às pessoas, contar-lhes a outra face da história e fazê-las acreditar que os filhos e os netos não poderão pagar os erros de uns senhores que usam e abusam do poder que lhes foi conferido. Mas, apesar de tudo, acredito que isto mudará. Falta um clique. Penso que está mais perto do que já esteve.
Ilustração: Google Imagens.
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