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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A EMERGÊNCIA DE UMA LUTA POLÍTICA PARA FORA


Importante, nestes catorze derradeiros meses para as Legislativas Regionais de 2011, é que todos se compenetrem na defesa dos seus princípios e valores políticos e não tanto nos projectos do vizinho do lado, permitam-me a expressão. Já basta o poder instituído, a sua teia, os seus tentáculos que a todo o lado chegam, para gerar um gigantesco trabalho político no sentido da divulgação da mensagem.


Começa a ser sensível muita preocupação em redor do PS face às eleições legislativas regionais de 2011. Partidos que se deveriam preocupar com a sua vocação, missão e projectos próprios, parecem mais preocupados com os socialistas. Leio artigos de opinião nesse sentido e declarações políticas que traduzem uma ânsia em beliscar o eleitorado do PS. Isso, por um lado é interessante, porque reconhecem valor, mas, por outro, obviamente que desgasta.
Assisto a um desconforto muito significativo, inclusive, por parte do partido maioritário. Os dias avançam e cresce a animosidade política e a tentativa de descredibilizar o maior partido da oposição. Os sinais são evidentes e lamento-os. Simplesmente porque, na ausência de bom senso, no caso dos partidos da oposição, acabarão por entregar o poder, de bandeja, àqueles que tanto criticam. E as mudanças necessárias ao progresso da Madeira, por esta via, dificilmente, se concretizarão. Importante, nestes catorze derradeiros meses para as Legislativas Regionais de 2011, é que todos se compenetrem na defesa dos seus princípios e valores políticos e não tanto nos projectos do vizinho do lado, permitam-me a expressão. Já basta o poder instituído, a sua teia, os seus tentáculos que a todo o lado chegam, para gerar um gigantesco trabalho político no sentido da divulgação da mensagem. Se, ainda por cima, uns têm de lidar com os outros, nas críticas e às vezes, nas subtis ofensas, logicamente, que o objectivo de todos sairá defraudado.
Todos os partidos de oposição, do meu ponto de vista, deveriam assumir esse princípio da não agressão, até porque eu sinto que é mais o que os une do que os separa. E neste pressuposto, uma coisa é divergir no pensamento estratégico sobre uma qualquer matéria, outra, é a forma e tom como se afirma a discordância. O que me é sensível é o facto do PS, partido da esquerda democrática, pela posição que tem no espectro político, servir de espaço onde todos querem beliscar. Ora, ninguém é dono dos votos dos eleitores, pelo que as mensagens propositivas devem ser deixadas à livre decisão de quem tem a arma de eleger.
O mesmo posso adiantar em relação ao partido do qual faço parte. A serenidade, o estudo e os projectos devem constituir a grande arma para o "combate" político de 2011. Ninguém se pode esquecer que aquilo que leva meses e anos a construir pode desmoronar-se em um ápice, numa declaração política infeliz, num desaguisado interno ou numa qualquer luta por um lugar de efémero destaque. Determinante é cada um fazer o seu trabalho com qualidade técnica e política, de forma responsável mas também desprendida, evitando as tentações de crítica para dentro quando o sentimento deve ser exclusivamente para fora.
O próximo ano político, depois deste rápido período de pausa, será muito trabalhoso e apela, por isso mesmo, a uma atitude de grande empenhamento e de significativa postura política se queremos ou não mudar esta Região no sentido da implementação das políticas que proporcionem um futuro melhor para todos.
Ilustração: Google Imagens.

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