Todos deveriam reflectir no que aconteceu em 2007, que fizeram ponto de honra atacar, em uníssono, o PS, a propósito da Lei das Finanças Regionais, e nas consequências dessa atitude. Todos perderam, todos foram vítimas daquela monumental mentira que foi a LFR. Todos acabaram por entregar de bandeja ao PSD mais quatro anos de governo.
O Presidente do PS-Madeira, Dr. Jacinto Serrão, tem vindo a apelar a uma "plataforma democrática", isto é, a um acordo de princípios entre todos os partidos da oposição, no pleno respeito pelos posicionamentos ideológicos de cada partido.
Apoio, sem reservas, esse entendimento. Considero-o fundamental, até porque, para uma situação de total anormalidade democrática e em uma terra que caminha ou já está no abismo, nos planos económico, financeiro, social e cultural, o bom senso faz apelo a essa convergência que salve a Madeira. Aliás, pelo que assisto na Assembleia, aquando dos debates sobre os diplomas que por ali passam, globalmente, a ideia com que fico é que são maiores os pontos de convergência relativamente às divergências. No fundo, trata-se de dar corpo a esse sentimento, envolvendo toda a sociedade, todas as forças políticas, para que todos possamos sair deste sufoco de 36 anos de regime absoluto. É isto que está em jogo, repito, no pleno respeito pelos posicionamentos ideológicos e até programáticos. Inventar outras coisas corresponderá a um insuportável ruído.
Acho estranho que não se compreenda isto, que subsista uma onda de algum egoísmo, como se o PS, mentor da iniciativa, até porque é o maior partido da oposição, não tivesse legitimidade para o fazer ou, então, queira retirar dividendos dessa convergência. Puro engano. Todos ganham com isso e mais, só a Madeira ficará a ganhar com uma atitude de bom senso. Todos deveriam reflectir no que aconteceu em 2007, que fizeram ponto de honra atacar, em uníssono, o PS, a propósito da Lei das Finanças Regionais, e nas consequências dessa atitude. Todos perderam, todos foram vítimas daquela monumental mentira que foi a LFR. Todos acabaram por entregar de bandeja ao PSD mais quatro anos de governo.
Pasmo quando ouço declarações que confundem a situação da Madeira com a do Continente, quando se quer arrastar para lá e para o Primeiro-Ministro uma luta política local, quando o debate político é aqui, os contextos são os daqui, as pessoas são as daqui, a sofisticada engrenagem está aqui e as políticas e os compadrios estão aqui. Como se esta terra não fosse Autónoma e não tivesse órgãos de governo próprio. Confundir as duas situações porque a sigla do partido proponente é a mesma, não me parece correcto. O que poderá acontecer, repito, é a entrega, de bandeja, com um naperon laranja, de bordado Madeira, a vitória eleitoral ao PSD. Àquele PSD que todos dizem combater e que todos dizem que, pelo futuro da Madeira, precisa de uma cura de oposição.
A leitura que faço é que, possivelmente, o problema não está a ser bem analisado. Precisa, naturalmente, de uma outra e mais ponderada reflexão. Precisa que o Presidente do PS-Madeira, explique, pessoalmente, partido a partido e a toda a sociedade, as suas grandes preocupações. Espero que todos convirjam, partidos e sociedade no seu conjunto, porque a Madeira e o seu futuro devem estar em primeiro lugar.
Ilustração: Google Imagens.
Acho estranho que não se compreenda isto, que subsista uma onda de algum egoísmo, como se o PS, mentor da iniciativa, até porque é o maior partido da oposição, não tivesse legitimidade para o fazer ou, então, queira retirar dividendos dessa convergência. Puro engano. Todos ganham com isso e mais, só a Madeira ficará a ganhar com uma atitude de bom senso. Todos deveriam reflectir no que aconteceu em 2007, que fizeram ponto de honra atacar, em uníssono, o PS, a propósito da Lei das Finanças Regionais, e nas consequências dessa atitude. Todos perderam, todos foram vítimas daquela monumental mentira que foi a LFR. Todos acabaram por entregar de bandeja ao PSD mais quatro anos de governo.
Pasmo quando ouço declarações que confundem a situação da Madeira com a do Continente, quando se quer arrastar para lá e para o Primeiro-Ministro uma luta política local, quando o debate político é aqui, os contextos são os daqui, as pessoas são as daqui, a sofisticada engrenagem está aqui e as políticas e os compadrios estão aqui. Como se esta terra não fosse Autónoma e não tivesse órgãos de governo próprio. Confundir as duas situações porque a sigla do partido proponente é a mesma, não me parece correcto. O que poderá acontecer, repito, é a entrega, de bandeja, com um naperon laranja, de bordado Madeira, a vitória eleitoral ao PSD. Àquele PSD que todos dizem combater e que todos dizem que, pelo futuro da Madeira, precisa de uma cura de oposição.
A leitura que faço é que, possivelmente, o problema não está a ser bem analisado. Precisa, naturalmente, de uma outra e mais ponderada reflexão. Precisa que o Presidente do PS-Madeira, explique, pessoalmente, partido a partido e a toda a sociedade, as suas grandes preocupações. Espero que todos convirjam, partidos e sociedade no seu conjunto, porque a Madeira e o seu futuro devem estar em primeiro lugar.
Ilustração: Google Imagens.
7 comentários:
Caro André Escórcio
A proposta,não sendo inédita(a política de capela,de que poucos escapam)parece ter,finalmente,pernas para andar.
Na verdade,há 36 anos que a Oposição,no seu conjunto,tem insistido num inócuo combate ao neo-fascismo instalado.
O resultado dessa sectária visão tem garantido,como reconhece,as sucessivas e esmagadoras vitórias da "democracia musculada" que nos deslustra,e ridiculariza, a todos.
Nos correctos termos em que se colocar o compromisso de plataforma, em pé de rigorosa igualdade, (bom será que não existam "habilidades" desviantes...),quem a tal se subtrair restará o descrédito dos "vendedores da banha da cobra".
Que a Esperança Democrática não saia defraudada, são os meus sinceros votos.
Um abraço.
Obrigado pelo seu sincero e profundo comentário. Sabe, há muitos anos que, sobretudo para a Câmara do Funchal, que tenho sido defensor de uma união de esforços no sentido de garantir a vitória. Penso que já teria sido possível
Sinceramente, no pleno respeito pela identidade de cada partido, nos possamos juntar naquilo que é fundamental para garantir à população que é possível mudar e é possível uma política ao seu serviço e não uma política ao serviço dos interesses de alguns.
Um abraço.
Meu caro amigo.
Quando andava na instrução primária , li um poema no livro da 4ª classe que jamais o esquecerei:-
O poema era o seguinte e versava sobre o Leão. Dizia o mesmo.
Coitado do mentiroso
Mente uma vez mente sempre
Ainda que fale verdade
Todos lhe dizem que mente.
Parece-me que se enquadra com a realidade da dcisõ do PATRÃO da Madeira. A.J.J. E, a Ditdura prossegue com o dito cujo a tapar o sol com a peneira. Pobres Madeirenses!!Perdoai-lhes Senhor que não sabem o que é a democrcia, nem estão fartos do tempo da outra senhora. Resta a Santa ignorância ou a passividade dum povo analfabeto e inculto, que prefere viver na ignorância. Quando será que abrirá os olhos? Um abraço amigo. João
Caro Andre, gostava de pedir a sua maior atenção para o seguinte: a forma como o "convite" é formulado aos restantes partidos da oposição foi a forma mais fácil de provocar a sua recusa premeditada.
O "estratega" e auto-intitulado "ideólogo" destas e doutras ideias apresentadas publicamente por Jacinto Serrão tinha este resultado em mente quando levou Jacinto a propor a "sua" Plataforma Democrática sem consultar (pelo menos secretamente) os restantes partidos - A RECUSA.
Aconselho que leia atentamente a Moção apresentada por M.F. no Congresso do PS 2007, naquele em que foi eleita a sui generis equipa "hibrida" JCG-Vitor&Jaime... Acredito no seu trabalho e nobres itenções em prol do bem comum, mas... Cuidado, muito cuidado...
Continuação do Bom Trabalho.
João Palavra
Obrigado pelo seu comentário (João Palavra).
Os partidos funcionam porque existem pessoas animadas do mesmo espírito de bem servir. Cada uma com as suas particularidades, obviamente. Eu parto desse pressuposto. Da mesma maneira que sempre entendi que há um momento para discutir projectos e um momento para que todos se compenetrem dos seus deveres e compromissos partidários.
A "Plataforma" não diverge em muito do que há muitos anos defendo, porventura, de uma forma ainda mais envolvente. Por isso apoio e espero que todos, sem excepção, entendam a mensagem que lá está, no essencial, um pensamento convergente em redor das questões de natureza democrática, autonómica e social.
O documento é muito bom e cabe agora à sociedade apreciá-lo. Uma coisa ninguém poderá dizer: é que o principal partido da oposição não se abriu à sociedade onde os partidos se inserem.
Um abraço e obrigado.
O conteudo da "Plataforma" está correctíssimo e bem formulado. Mas a sua concretização e sucesso dependeria desde inicio da forma como seria apresentado publicamente. A forma encontrada para formular o convite só poderia esvaziar e distorcer a mensagem enviada às restantes forças vivas da sociedade Madeirense que como vimos rápidamente declinaram o convite para um facto consumado...
A Diplomacia e a negociação justa e equilibrada tendo em vista o bem comum, nunca aconteceu e agora dificilmente funcionará à posteriori.
A plataforma perdeu momento logo no seu falso nascimento.
Acredite que os "conselheiros" e "ideologos" de Jacinto Serrão tinham como objectivo o seu fracasso.
Acredito na sua honestidade mental mas não acredito em certas "aves de rapina" que agora esvoaçam em volta do poder que o PS ainda mantem na Assembleia Regional... Vivem e alimentam-se das derrotas do PS e assinavam artigos de opinião no DIARIO que envergonhavam o mais contestário das anteriores direcções do PS. Aguarde atentamente e verá.
Abraço
João Palavra
Obrigado pelo seu comentário.
Registei e tomei em consideração as suas palavras. Prefiro acreditar, em função dos interesses maiores da Região. Aguardemos.
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