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sábado, 2 de julho de 2011

LISBOA QUE VENHA ENDIREITAR AS CONTAS DA MADEIRA!


Um "cartoon" que pudesse ilustrar a situação destacaria, certamente, o Dr. Jardim, de túnica, descalço, de joelhos e com a corda ao pescoço, frente ao Dr. Passos Coelho e Dr. Paulo Portas. Paguem, auxiliem-me, venham lá com uma "troika", os dois acompanhados do ministro das finanças, venham dar um jeito a isto!

Pois é, qual a relação
entre as bandeiras
ontem colocadas e esta camisola?
Com que então... venham endireitar as contas da Madeira! Esta declaração do presidente do governo regional, transporta três ideias centrais: a de súplica pelo descontrolo das finanças públicas; a assunção do disparate político consubstanciada na obsessão pela obra pública, distante do rigor que o planeamento deveria impor; finalmente, a incompetência política para inverter a marcha deste monstro alimentado ao longo de trinta e cinco anos.
Um "cartoon" que pudesse ilustrar a situação destacaria, certamente, o Dr. Jardim, de túnica, descalço, de joelhos e com a corda ao pescoço, frente ao Dr. Passos Coelho e Dr. Paulo Portas. Paguem, auxiliem-me, venham lá com uma "troika", os dois acompanhados do ministro das finanças, venham dar um jeito a isto! 
Pelo caminho a Autonomia perde fôlego, içam (em nome de quem, não sei) bandeiras de uma pretensa Frente de Libertação da Madeira (FLAMA), assisto a declarações, não de repúdio, mas de uma hipótese de referendo à independência, com o selo da chantagem, ouço a empenhada defesa de uma revisão constitucional salvadora do descalabro e assisto à vergonhosa aplicação de uma austeridade sobre o pobre povo madeirense, enquanto o governo se mantém imune a uma austeridade que deveria, em primeiro lugar, se submeter. A luta de muitos anos e de muitas figuras que a História não permite esquecer, lutadores de causas importantes por uma Madeira AUTÓNOMA, pelas piores razões, pela actividade de um homem, corre o risco de paralisação e de perda de responsabilidades a pulso conquistadas.
Aos madeirenses e porto-santenses compete resolver esta situação de gravidade ímpar. Não podemos continuar a assistir ao definhamento da Região, ao aumento da dívida, ao empobrecimento das pessoas, à aflição dos empresários, continuando de braços caídos sem uma reacção que recoloque a Madeira no caminho da estabilidade. O que se está a passar é muito grave e disso todos temos o dever de perceber e de nos empenharmos na solução. Outubro está cada vez mais próximo.
Ilustração: Google Imagens.

3 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro amigo

Embora a minha mãe não estivesse nesta formosa ilha aquando do meu nascimento, sou um fervoroso apoiante da independência da Madeira.
E estou certo de que, lá no "rectângulo", a esmagadora maioria das pessoas apoiará com grande entusiasmo a iniciativa.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Eu percebo o que quer dizer com as suas palavras.
Realmente, os disparates são tantos por aqui que o Povo do Continente português começa a ficar farto! Estará?

Fernando Vouga disse...

"o Povo do Continente português começa a ficar farto! Estará?"

Caro amigo

Respondendo à sua pergunta, e passe a hipérbole do meu comentário anterior, não sei se estará farto de tanto disparate, embora pense que sim.
O que lhe posso dizer é que, num país em que o patriotismo deu lugar ao "está-se cagandismo" (perdoe-me a linguagem soez), ninguém terçará armas para salvar uma parcela sagrada do nosso território. Quanto mais não seja, porque a sacralização da Pátria tem algo de reaccionário e até parece pertencer a um passado distante. Desde 75 que os sucessivos governos se dedicaram a desmantelar qualquer resquício de orgulho nacional.
Assim sendo, que se desiludam os madeirenses, porque não vai haver derramamento de sangue que dê à independência qualquer sentido heróico. O preço a pagar será demasiado baixo para ser motivo de orgulho e criar um sentimento aglutinador em que todos se revejam.