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domingo, 31 de julho de 2011

SEMPRE A MESMA LENGALENGA DA CHANTAGEM


Mas todo aquele discurso vazio, politicamente oco, demonstra também que alguma coisa se está a passar. Não é por acaso que pede uma "grande maioria" nas eleições de Outubro. Se pede é porque está a sentir o chão a fugir. Se pede é porque não se sente seguro. Se pede é porque demonstra que não sabe governar sem maioria absoluta. Se pede é porque sente o poder a fugir-lhe das mãos. Parece-me sintomático.

 
Ele que justifique
estes resultados!

Nada de novo lá no alto da herdade (comprada, sabe Deus como). O mestre em chantagem, ou melhor, o "honoris causa" da chantagem, subiu ao palco para pedir "uma grande maioria", pois se não a tiver vai "embora da política", sublinhou. Pois que vá e não volte, porque da parte da oposição, a luta por uma Madeira decente, democrática e respeitada irá continuar. Se alguém constitui um problema para a Madeira não é a oposição nem os ingleses, mas ele próprio. Se ele nunca foi a solução, hoje, considero-o como o principal problema da Região, inclusive, dentro do seu próprio partido. Mas isso é lá com ele e com os seus militantes.
Que lata, que desfaçatez, que embuste, quando a realidade da Região está, em síntese, espelhada neste quadro que reproduzo ao lado. A mentira artificiosa deste homem, alimentada durante anos, baseada no medo, na captura da sociedade, no controlo da Igreja, no domínio de todo o associativismo desportivo e cultural, na subjugação das consciências, na pressão política sobre tudo e todos, do meu ponto de vista tem de ser travada quanto antes. Não é digno de governar uma Região que se pretende livre de qualquer chantagista. Se ele quer "ouvir a resposta da oposição", aqui fica registada a minha.
 "Temos de expulsá-los do templo debaixo do chicote", disse, a propósito do Jornal da Madeira e das posições políticas assumidas pela oposição. O que dirá o Senhor Bispo do Funchal sobre esta matéria e sobre esta linguagem? Manter-se-á calado? O que dirão todos os Senhores Padres da Diocese quando se sabe, porque é público e notório, que o Jornal está ao serviço do PSD e não da Diocese? Expulsá-los do templo (da Madeira, queria ele dizer) a "chicote" para que possa ficar só, para que possa governar ao jeito de soba. Os antidomocratas são assim em todo o lado. Só que isto aqui não é nem um cerrito da América Latina, nem uma república do centro de África, para além do facto dos tempos da PIDE terem terminado em 1974. 
Mas todo aquele discurso vazio, politicamente oco, demonstra também que alguma coisa se está a passar. Não é por acaso que pede uma "grande maioria" nas eleições de Outubro. Se pede é porque está a sentir o chão a fugir. Se pede é porque não se sente seguro. Se pede é porque demonstra que não sabe governar sem maioria absoluta. Se pede é porque sente o poder a fugir-lhe das mãos. Parece-me sintomático. E vem o outro, coitado, falar da "praga socialista que anda pairar por aí" (...) que eles "continuam a trabalhar no sentido de denegrirem a imagem da Madeira e dos madeirenses". Mas quem mais do que estas duas figuras têm denegrido a imagem da Madeira?
Pois fiquem a saber que, pela parte que me toca, estou determinado na luta que poderá conduzir ao fim desta maioria absoluta. E acredito que, depois de Outubro, se tal acontecer, no espaço de um ano, a Madeira voltará a ter eleições para acabar de vez com a prepotência e com este regime de poder de partido único. Acredito.
Ilustração: Google Imagens.

5 comentários:

Vilhão Burro disse...

Senhor Professor
Faz-me uma espécie dos diabos como é possível que numa crise, como esta, 40 000 sujeitos se sujeitam a prestar vassalagem a quem é responsável por 20 000 desempregados,por 75 000 pobres e por uma dívida astronómica, que,até os nossos netos e bisnetos, teremos de pagar!!! Então isto é situação para festas!?! Festa,esta, em que os condenados,alegremente,glorificam os seus carrascos!?! Isto está tudo louco!?! Que raio de povo é este que vai na conversa mole da padralhada,que se encolhe perante as ameaças veladas dos caciques rurais,que se rende por uma boleia de camioneta ou por um "cruzeiro" de Lobo Marinho,na mira de uma espetada e um copo de vinho seco (que já pagaram...convencidos de uma benesse)!?!
Que raio de povo é este que bate palmas à mais abjecta má-criação,que aplaude o seu próprio funeral!?!
Das duas uma: ou estão loucos ou são completamente parvos. venha o diabo e escolha.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
O meu Caríssimo fez as perguntas que me bailam no meu pensamento a todo o momento. Como é possível?

Anónimo disse...

O meu comentário em que colocava vários pontos de interrogação sobre a mentalidade do povo e a sua capacidade de interpretar o que se passa na sociedade actual em que a vossa excelência até utilizou frases minhas e que não concordou totalmente acaba de me dar razão e o "Vilão Burro" acaba de afirmar aquilo que toda a gente sabe ! O povo continua com a mentalidade do antigamente e para eles é indiferente estar numa ditadura ou não !Enquanto não houver uma revolução das mentalidades e uma ética no comportamento,no trabalho,para uma sociedade em grupo não vamos lá!.Vivemos numa sociedade individualista,desconfiada e em que todos querem viver sem se esforçar para ter uma democracia saudável! Para termos democracia temos de lutar diariamente porque há sempre "forças do mal"à espreita! Não tenho qualquer dúvida que a "nossa" querida Madeira é governada por anti-cristos.....Há momentos em que é necessário acabar com este estado de coisas à"bruta",mesmo!.Há muitos exemplos pelo mundo fora....

Fernando Vouga disse...

Caro amigo

Tem muita razão no que diz. Na Madeira a democracia está totalmente minada.
Mas há mais.
A oposição madeirense tem à sua frente uma tarefa ciclópica que é derrubar Jardim, uma figura fortemente carismática. Não o será pelas melhores razões, diga-se em abono da verdade, mas o seu carisma é imbatível e os madeirenses, para bem e para o mal, apreciam o seu estilo.
Torna-se portanto essencial contrabalançar a situação. E foi o que José Manuel Coelho parece ter entendido. E, com tal entendimento (ou intuição) conseguiu, na última corrida à presidência da República, um resultado retumbante, que abalou o panorama político madeirense.
Refiro isto só para chamar a atenção para o que está em causa e não porque tenha alguma esperança em Coelho enquanto político.
O problema é de pessoas e não "administrativo", digamos assim. Há que reformular a estratégia de oposição, sem contudo se enveredar pelo mero ataque pessoal, método já muito gasto e pouco eficaz, por carência de credibilidade.
Sem colocar em causa o valor do actual candidato socialista à presidência do GR, em conversas com amigos, tenho notado muito pouco entusiasmo com o líder do partido. A meu ver, não tem uma figura apelativa, continua sem ideias inovadoras e até me parece, através do seu discurso, que o tem para nos dar é ser ainda mais jardinista que o próprio Jardim. Como se isso lhe conferisse algum do carisma do seu grande opositor...
Desculpe a insistência, mas o seu partido tem de arrumar a casa de uma vez por todas. Calculo que não seja estatutariamente fácil, mas parece-me essencial.

Pica-Miolos II disse...

Se a Estupidez pagasse Imposto,a crise resolvia-se num ápice.