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domingo, 22 de fevereiro de 2009

CALMA, MEUS SENHORES!

Calma, meus senhores. O exercício da política não pode ser um salve-se quem puder. Não se pode estar na política ao jeito de abutre sobre uma peça. O bom senso e o respeito pelos princípios da militança devem imperar mesmo quando não se concorda. Eu conheço o estilo pois também, em outros tempos, recebi cartas mais ou menos abertas. Lamento. E lamento por três motivos essenciais:
1º Porque há um tempo próprio para analisar percursos, discutir os resultados das estratégias seguidas e definir novos caminhos. Há um tempo de Congresso e há um tempo para concretizar uma política;
2º A proximidade de três actos eleitorais determinam a existência de serenidade, pois está em causa a elaboração de listas concorrentes, a elaboração de projectos políticos gerais e sectoriais e, consequentemente, uma atitude geradora de confiança no eleitorado;
3º Porque os eventuais problemas devem ser resolvidos dentro dos órgãos partidários, mesmo os mais delicados, isto é, os que envolvam pessoas e não políticas.
É legítimo que não se goste do estilo, é legítimo ter dúvidas, é legítima a existência de impulsos no sentido de fazer valer uma leitura do processo, mas manda o bom senso, o contexto político regional, a idade e a experiência de vida, uma atitude de moderação, fundamentalmente, porque todos os passos mal dados apenas castigam a imagem pública do PS e favorecem a do PSD. Todos os que amam a DEMOCRACIA e que por ela lutaram, todos os que por respeito a princípios e valores pensam de forma diferente, todos os que entendem que é possível romper com este círculo vicioso da política regional, a todos se exige contenção e capacidade de gestão do silêncio, o que não significa, de modo algum, concordância com os processos em curso.

2 comentários:

Roberto Rodrigues disse...

Caro prof. André,

Embora não sendo socialista e achar que este PS-M, esta longe de ser alternativa política na RAM, reconheço na sua pessoa uma mais valia para a dignificação da actividade parlamentar, que muito tem vindo a ser descredibilizada nesta terra.

Penso que o seu trabalho a frente do Grupo Parlamentar do PS-M, poderá servir para mudar o actual estado de coisas.

Pela minha parte endereço-lhe as minhas cordiais saudações, esperando que no exercício deste seu novo cargo, possa contribuir para um credibilizar da actividade parlamentar e do papel que cabe a oposição no seu todo.

Boa sorte!...

Cumprimentos

Roberto Rodrigues

André Escórcio disse...

Muito obrigado pelas suas palavras.
Como sabe, circunstâncias muito especiais fizeram-me aceitar esta situação que, espero, seja temporária.
Tentarei conrresponder no sentido da dignificação da actividade parlamentar.
Uma vez mais obrigado.