Se a questão é ser cada vez mais "raffiné" pasmo no que leio sobre uma alegada carta dirigida pelo Senhor Presidente do Governo Regional às instituições públicas no sentido de processarem, judicialmente, quem se atreva a colocar em causa o bom nome das instituições ou mesmo das pessoas. Já me tinham falado, há já algum tempo sobre essa carta, daí, a espaços, ter dado a entender no meu artigo de opinião publicado no DN-M de 27 de Fevereiro. "(...) hoje, o descaramento e a soberba, com a permissão do povo anestesiado, o estado de abandalhamento dos valores a que se chegou, valores que deveriam nortear a vida, vivência e convivência democráticas, levam-nos à mais baixa e revoltante frontalidade (...)".
Ora bem, a carta não tem nada de "raffiné", é frontal. Mas o que isto evidencia, claramente, é um estado de descontrolo muito grande, uma significativa ansiedade, um pavor que o Povo conheça a realidade, um batimento cardíaco acelerado em função de um tempo que passa rápido, quando compaginado com as consequências lentas das medidas políticas tomadas ou a tomar. Há um estado de evidente depressão política quando muitos começam a saber que o grave problema da Madeira não é resultado da crise internacional, tampouco da Lei das Finanças Regionais. O problema da Madeira situa-se ao nível do modelo de desenvolvimento, ao nível das opções económicas, ao nível da inversão das prioridades, tudo isto abrigado sobre um grande chapéu que é o da não investimento na EDUCAÇÃO e na qualificação das pessoas. São pois necessários muitos anos, provavelmente, 15 a 20 anos para recuperar o tempo perdido, isto é, para educar, qualificar, consolidar uma nova mentalidade, uma nova cultura consubstanciada em outros princípios e valores do desenvolvimento. Até lá, tornam-se necessárias políticas de remediação. Só que, em definitivo, não passam pelo PSD muito menos por um homem só como é o caso do Presidente do Governo Regional. É óbvio que tudo tem o seu tempo e o tempo político dele já passou.
1 comentário:
Por aqui já se vê que o objectivo de Alberto João, é o ir amordaçando as pessoas e todos os sinais que ponham em causa a sua politica, cada vêz mais castradora.
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