Um texto do Padre José Luis Rodrigues, acutilante, com as palavras certas e com a força interior que a muitos falta.
"Já não sei o que pensar perante tanta incompetência e tanta trapalhada em todos os quadrantes da sociedade madeirense. Ora vejamos.
1. Estamos a ser governados ou, melhor, desgovernados, por um desgoverno que destrói património secular como se nada fosse. «Quem a ferro mata, a ferro morre».
2. Há uma Cáritas que se desviou do seu verdadeiro espírito, organismo absolutamente ligado à Igreja, Diocese do Funchal, para ser um organismo do desgoverno Regional (lembram?), mas como o desgoverno já não está tão interessado que a Cáritas continue a ser um dos seus braços, porque tem em vista outras instâncias, outros lóbis e outros tachistas da caridade, desviou-se desta Cáritas. Esta por sua vez, agora prova o veneno amargo da traição por se ter desviado do seu verdadeiro espírito e do seu «dono». «Deus não castiga nem com pau nem com pedra, mas com o seu divino poder».
3. As trapalhadas gerais na educação, na saúde, no desrespeito pelo nosso património secular, a caridade envolta no maior descrédito e a contribuir para a péssima imagem da Igreja da Madeira, são situações demasiado preocupantes e levam-nos à conclusão que estamos perante um bando de incompetentes e inábeis à frente dos organismos que a sociedade madeirense precisa para o seu funcionamento. «Se as fezes (m… para os mais entendidos popularmente falando) valessem dinheiro, os pobres nasciam sem ânus».
4. Tudo isto resulta que não aprendemos nada com as tragédias, com os maus exemplos, com as asneiras que perseguem a Madeira há tanto tempo. «Não é o tempo que abana as canas, mas o vento».
5. Precisamos de tempos novos onde se possa renovar a esperança. Não sei como isso será possível, apenas sei que não pode de forma nenhuma ser com os actuais protagonistas a todos os níveis, tanto político e também ao nível das lideranças religiosas. «A esperança é a última coisa a morrer».
6. Que Deus nos ajude. Estamos bem precisados, porque não pode valer tudo, «até tirar olhos», como acontece neste fatídico tempo em que vivemos.
NOTA
Texto do Padre José Luis Rodrigues publicado no seu blogue "O Banquete da Palavra". Aqui
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