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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

AQUILO QUE SOU ESTÁ NA MONTRA. NÃO ESCONDO NADA NO ARMAZÉM.

Assim, NÃO.
Qualquer que seja o comentador de rádio, televisão ou de outros meios, deve ter o cuidado de se preparar sob pena de ser desagradável para as pessoas objecto dos seus comentários e, por via disso, descredibilizar-se por ausência de fundamento no que afirma. A especulação, a partir de alguns factos, tem limites, até porque se torna necessário compaginar uma série de elementos fundamentais para que a especulação seja possível (a especulação significa, por definição, investigação teórica).
Ontem, lamentavelmente, na RTP-M, a ideia que ficou no ar é que, possivelmente, quero ser candidato à Presidência da Câmara do Funchal e, por isso, aproveitei a substituição de dois Deputados para assumir um lugar de destaque no grupo parlamentar do PS-M, ganhando, por essa via, algum protagonismo, para logo desligar-me dessa tarefa, em Julho, tendo em vista corporizar essa tal candidatura. Esta foi a ideia que restou do comentário, para além de uma "colagem" política ao presidente do PS, Dr. João Carlos Gouveia no quadro, sublinho eu agora, de um vergonhoso oportunismo político.
Não sou pessoa de jogos de bastidores, de jogos calculistas, de atitudes oportunistas, nem de colagens com interesse pessoal. Rejeito, liminarmente, essa forma de estar na política. Aliás, no caso em apreço, a assunção de responsabilidades na coordenação dos trabalhos do grupo parlamentar do PS-M, surgiu na sequência do número limitado de Deputados disponíveis e por se ter gorado a hipótese mais desejável e que eu próprio entendia como a melhor colocada para o desempenho de tal tarefa. Assumi, no limite, para preservar o grupo parlamentar de qualquer instabilidade em função do trabalho desenvolvido nos últimos dois anos, porque se aproximam actos eleitorais importantes e a pedido de várias e credíveis pessoas do PS. Não assumi por colagem seja a quem for mas com o sentido do dever.
Foi, por isso, que balizei no tempo a minha disponibilidade. Ela terminará no final da presente sessão legislativa, ou melhor dizendo, irá até ao início da próxima sessão legislativa. Nessa altura o problema será, novamente, reequacionado. Porque uma coisa é o Partido, outra a dinâmica do Grupo Parlamentar, embora este esteja, estatutariamente, dependente da sua Comissão Política. É assim em todos os partidos políticos. Assumi porque entendi ser necessário defender o palco do debate político. Serei o coordenador dos trabalhos e o meu protagonismo será aquele que tenho enquanto responsável pela Educação, Cultura e Desporto. Nada mais do que isso.
Fica, portanto, claríssimo, que NÃO sou candidato à Presidência da Câmara do Funchal. De resto, interpreto o exercício da política subordinado a um vasto conjunto de princípios e de valores, dos quais não me afasto nem um milímetro. Aquilo que sou está na montra. Não escondo nada no armazém. Os que me conhecem sabem que sou assim. E ponto final.

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