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quarta-feira, 3 de junho de 2009

MAIS DO QUE UMA SANÇÃO POLÍTICA, AQUILO É UM "CRIME"!

Esta manhã estive no Lugar de Baixo, Ponta do Sol. Subi por uma rua estreita para poder apreciar o estado de abandono da marina, das piscinas, do parque de estacionamento e das instalações envolventes. O cenário é indescritível. Mete dó! Ali, foram enterrados ou serão, no conjunto das obras previstas de protecção, qualquer coisa como 40 milhões de euros. Para além de uma sanção política que este e outros ditos "investimentos" deveriam merecer, neste caso, se a Justiça funcionasse, deveria envolver uma responsabilidade criminal. Simplesmente porque estão em causa milhões dos impostos de todos nós. E com o dinheiro do povo ninguém deve brincar. É que são 40 milhões ali, mais 31 para um estádio, 240 milhões derramados, nos últimos oito anos, numa política desportiva acéfala, oito milhões para um paredão no estádio do Estreito, milhões e mais milhões que vão ter de ser pagos por nós, pelos nossos filhos e netos quando, ao nosso lado, vemos um Povo que está a passar mal, um sistema educativo caduco e sem dinheiro, dezenas de lares por construir, hospitais com sérias carências ao nível de produtos de consumo permanente, um chumbo na Assembleia a uma proposta no sentido dos idosos beneficiarem de mais € 60,00 na sua pensão, enfim, com tantas carências anda um governo a espatifar o dinheiro em obras sem retorno económico, social e cultural. "Obras" apenas para gáudio de uns quantos que têm esta terra controlada beco-a-beco. Há obras que se justificaram, indiscutivelmente que sim, outras deveriam envergonhar quem as autorizou em função da realidade social que somos.
Falta uma atitude humanista neste governo. Falta-lhe sensibilidade, capacidade para colocar o ser humano como valor e preocupação central do desenvolvimento. O Homem é muito mais do que o dinheiro e o poder. E o que se nota é precisamente o contrário da celebração do Homem, é a tentativa de esmagá-lo através das palavras e das acções que só aparentemente o defendem. Eu prefiro a celebração do ser humano na sua totalidade e na sua felicidade e não no aproveitamento dele para a riqueza de uns quantos.

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