
A páginas tantas, inevitavelmente, veio à colação o PS, os insucessos, a alternativa que não surge, os conflitos, as desinteligências em contraponto à necessidade sentida de uma mudança que se torna imprescindível. Respondi, vagamente, que isto vai melhorar. Perguntou-me de imediato: acredita? Respondi que sim, que tem de melhorar e que tenho a certeza que o PS será poder nesta Região mais cedo do que muitos julgam.
Regressei a casa com um turbilhão de coisas na cabeça: com o teor da nossa amena, profunda e interessante conversa e com a história do PS a bailar entre os temas. E fico boquiaberto quando é este o sentimento de uma pessoa, livre, aberta, cansada mas desejosa de querer um bom futuro para os netos, que espelha, certamente, a vontade de uma extensa classe média e de uma extensa população que vive com muitas dificuldades, como é que o PS-M se deixa enredar em paixões internas que nada, rigorosamente nada, dizem às pessoas. As pessoas querem um partido com qualidade, um partido com propostas, um partido profissional que olhe para fora e não para dentro. As pessoas querem ver um Partido de excelência para o qual o Povo olhe e diga: esses senhores podem ir embora que há quem os substitua para melhor. Enquanto falava com essa pessoa, eu que conheço a história, embora o contexto seja outro, lembrei-me de um quadro que vi num museu em Oslo: o GRITO de Edvard Munch. De facto, apetece gritar!
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