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sábado, 5 de junho de 2010

400 PERGUNTAS AO VICE-PRESIDENTE DO GOVERNO


Se a atitude política do Presidente do Governo já ninguém leva a sério, outros mais novos, ao enveredarem pelo mesmo caminho, só denunciam que a farinha política é a mesma.


A reacção do Vice-Presidente do Governo às 404 questões colocadas pelo Grupo Parlamentar do PS sobre as Sociedades de Desenvolvimento, demonstram, claramente, que o "delfim" (espere sentado) do Presidente do Governo, já não tem controlo sobre o monstro que gerou. Um político seguro do seu projecto, confrontado com elementos factuais, apenas tem de os desmontar, peça a peça, e não falar de "sobranceria", "arrogância", "contas de mercearia", etc. etc.. Entrar, por aí, denuncia que falha nos argumentos, que não está seguro e, portanto, porque falha na estratégia, chuta a bola dos problemas para a frente, com uma agressividade que não fica bem. As cópias são sempre piores que os originais. Se a atitude política do Presidente do Governo já ninguém leva a sério, outros mais novos, ao enveredarem pelo mesmo caminho, só denunciam que a farinha política é a mesma.
A Região precisa de novos actores políticos, precisa que se questione o que se fez, quando se fez e por que se fez. Aqui não está em causa, como disse o Presidente do Governo, que "há outros que se lembram de criar dificuldades, certamente pensando nos seus interesses pessoais, quando se entra num período de maiores dificuldades. Ainda há gente que se lembra nesta altura de vir ao de cima com os seus egoísmos, com as suas invejas, com as suas frustrações".
Ora, o que está aqui em causa é um assunto muito sério, de sobrevivência, de 250.000 pessoas aflitas relativamente ao futuro, e não problemas de inveja, de curas de mau olhado ou de frustrações. Eu, por exemplo, não tenho frustração nenhuma na minha vida e não alimento invejas. Sempre fui feliz e desde sempre, mantive a minha coluna direita. Subi a vida a pulso e não através de negócios esquisitos. E se sou feliz desejo que os outros também o sejam. Por isso, luto contra a pobreza, contra os excluídos, contra esta pouca-vergonha em que a Região está envolvida. Neste aspecto, saltou a língua para a verdade, quando o Presidente do Governo assume que "estou aqui neste exílio dourado, que é o exílio na Madeira". Exílio dourado, obviamente, que sim. Pois é tempo de os madeirenses e porto-santenses o libertarem, para que possam desenhar, democraticamente, o seu futuro.
Quanto ao seu Vice, apenas tem que ir à Assembleia e responder, uma a uma, às 404 questões que lhe serão colocadas. Tão simples quanto isso. Porque o navio está a afundar!
Ilustração: Google Imagens.

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