Acabei de ler o essencial do estudo realizado pela Professora Liliana Rodrigues (páginas 423/472) o qual me foi gentilmente remetido. Se nunca tive dúvidas quanto à investigação, pelo respeito que a instituição merece, pelo que sei do rigor académico a que qualquer estudo se subordina e, sobretudo, pela qualidade dos docentes do Departamento de Ciências da Educação, ali fica testemunhada a realidade da Região que não é subvertível com posicionamentos políticos de engenheiros, advogados e de licenciados em finanças. Quem tiver dúvidas pode ler aqui o trabalho.
3 comentários:
Caro André Escórcio: a Professora Liliana Rodrigues enviou-me um mail que dava conta de que alguns gráficos não estariam numerados correctamente pelo que terá de ir ao seguinte link para aceder à versão correcta da parte do estudo em questão: http://www.uma.pt/blogs/dce/wp-content/uploads/2008/07/a-integracao-dos-alunos-do-ensino-tecnico-profissional-nivel-iii-nas-escolas-publicas-da-ram.pdf
Um abraço,
Roberto Almada.
Então certamente deve ter lido este parágrafo:
“Como podemos observar pelo Gráfico 5 apenas 29% dos jovens da RAM terminaram o ensino secundário com sucesso, precisamente porque 34.263 jovens não procederam às inscrições em todos os níveis e modalidades no ensino secundário, ou não tiveram sucesso na escola entre os anos de 1997 a 2004 e porque 79.911 casos de possíveis inscrições em todos os níveis e modalidades no ensino secundário(17) nunca se realizaram nas escolas secundárias da RAM(18). Se juntarmos os alunos que não obtiveram sucesso aos que nunca se inscreveram na escola durante este período teremos um total de 114.174 jovens que nunca se inscreveram em todos os níveis e modalidades possíveis no ensino secundário(19), portanto, 71% (Gráfico 5).”
17 Fontes: INE e DRPRE
18 Fonte: DRPRE
19 Fontes: DRPRE e INE
20 Fonte: DRPRE
Ou seja, foram considerados no total 114.174 “…jovens que nunca se inscreveram em todos os níveis e modalidades possíveis no ensino secundário…”, não considerando, portanto, os alunos que tendo entre os 15 e os 20 anos frequentam outros níveis de ensino (1º Ciclo, 2º Ciclo, 3º Ciclo e Ensino Alternativo) e que potencialmente poderão vir a frequentar o Ensino Secundário. Facto que, como já referi noutros comentários altera todos os cálculos subsequentes.
Pese embora este problema, agora que li o trabalho (pág.423/472), considero de elementar justiça salientar que este apresenta uma interessante análise do ensino regional, que merece ser lida com serenidade e sem a obsessão dos números, por todos os que se interessam pelo ensino na Região Autónoma da Madeira.
Mas então, os números ficam validados só devido ao peso da UMa?
Ou estão errados e isso não interessa nada?
As conclusões, recomendações e comentários políticos são iguais perante números TOTALMENTE diferentes?
E como ficam para a fotografia todos os que se enganaram tão redondamente (na execução, na orientação, na avaliação)?
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