Quem não lhe faz a vontade é proscrito. Num ápice, esqueceu-se de todos os louvores, de toda a cantilena feita e, porque o Representante da República cumpriu o seu dever, logo deixou de ter a "confiança política" do presidente do governo regional.
E não fazem por menos. Ontem, um Senhor Deputado veio, subtilmente, reivindicar a desocupação do Palácio de S. Lourenço e, hoje, o presidente do PSD atira a sua confessa amizade pelo Juiz Monteiro Dinis para o caixote do lixo dizendo que, doravante, não tem a sua confiança. É assim e sempre foi assim, desde o mais alto nível até ao nível mais baixo da intervenção política. Só que agora o problema é mais complexo e juntou todos a uma só voz.
Na essência está a triste história do "jackpot" remetido para o Tribunal Constitucional sem dar cavaco à Assembleia. O chumbo do Tribunal Constitucional enfureceu o PSD porque estão em causa muitos milhões de euros para entrar nos cofres do partido que, das duas uma, ou tem muitas dívidas por saldar ou deles precisa para as próximas três campanhas eleitorais. Independentemente do "jackpot", o problema da legislação devolvida não tem a ver com actos de "policiamento" da Assembleia mas com incapacidades de saber legislar com ponderação, procurando os melhores caminhos que a Constituição e o Estatuto Político-Administrativo garantem. Essas inabilidades têm custado caro e delas o PSD-M, tantas vezes avisado pela generalidade dos partidos da oposição, mostra-se cego, surdo e mudo, preferindo o quero, posso e mando que esbarra na parede da Lei.
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