Leio que o Presidente do Governo Regional andará até à véspera dos actos eleitorais numa roda viva de inaugurações de obras públicas e privadas. Sessenta e muitas, desde obras de uma certa dimensão até caminhos municipais. Isto é, vai a todas e em todas, obviamente, discursará, aproveitando o momento para desancar na oposição, como é hábito, e para dar resposta às propostas que a oposição, entretanto, vai apresentando.
Em qualquer acto eleitoral todos, mas todos, devem partir em circunstâncias de total igualdade, mas não é isso que tem acontecido e, certamente, voltará a acontecer. Sou absolutamente contrário que no julgamento do poder exercido durante quatro anos e na análise às propostas visando um novo ciclo político, se parta do pressuposto que existem uns e outros, isto é, que uns partidos são desde logo maioritários em relação a outros. Do ponto de vista meramente teórico podem sê-lo, mas mandam as regras da Democracia que se respeite a igualdade e que se conceda ao Povo a legitimidade de votar, LIVREMENTE, em quem entender. E isso implica que à partida para um novo ciclo político os critérios devam ser rigorosos, de tal forma que impeçam subtilezas seja lá de quem for que tenha tido ou exerça o poder. Sempre defendi este pressuposto. A contrária apenas concede e possibilita o afunilamento da vida democrática, circunscrevendo a um ou dois partidos as propostas políticas. Assim procedendo, intencionalmente, parte-se do pressuposto que todos os outros são decorativos e marginais por melhores que se apresentem do ponto de vista programático.
Em qualquer acto eleitoral todos, mas todos, devem partir em circunstâncias de total igualdade, mas não é isso que tem acontecido e, certamente, voltará a acontecer. Sou absolutamente contrário que no julgamento do poder exercido durante quatro anos e na análise às propostas visando um novo ciclo político, se parta do pressuposto que existem uns e outros, isto é, que uns partidos são desde logo maioritários em relação a outros. Do ponto de vista meramente teórico podem sê-lo, mas mandam as regras da Democracia que se respeite a igualdade e que se conceda ao Povo a legitimidade de votar, LIVREMENTE, em quem entender. E isso implica que à partida para um novo ciclo político os critérios devam ser rigorosos, de tal forma que impeçam subtilezas seja lá de quem for que tenha tido ou exerça o poder. Sempre defendi este pressuposto. A contrária apenas concede e possibilita o afunilamento da vida democrática, circunscrevendo a um ou dois partidos as propostas políticas. Assim procedendo, intencionalmente, parte-se do pressuposto que todos os outros são decorativos e marginais por melhores que se apresentem do ponto de vista programático.
Daí que o rigor informativo deve ir ao ponto de não permitir abusivas vantagens de quem detém o poder. Uma coisa é o dever de informar e o direito de ser informado, outra é possibilitar que esse poder não respeite princípios básicos e se sirva, por exemplo, das inaugurações para mais um momento de política partidária sem contraponto. É inaceitável.
Na Região Autónoma da Madeira, onde estão em causa a disputa de seis lugares na Assembleia da República, pelo que se sabe, nos órgãos de comunicação social com a responsabilidade de serviço público, não haverá debates circunscrevendo-se às rotineiras entrevistas que não possibilitam o confronto sério e profundo dos dossiês que estão em causa. Se alguém não quer participar, pois bem, está no seu direito, mas deixem a cadeira vazia. Temos o direito de ouvir os cabeças de lista na defesa das suas propostas. O problema é que não só não há debate como, por outro lado, usa-se e abusa-se do estratagema da inauguração para divulgar e combater os outros. É desonesto. No exercício da política não vale tudo pela manutenção no poder. E não deixa de ser curioso que, num momento que todos devem ser esclarecidos, por exemplo, a RTP-Madeira suspenda os habituais comentadores porque podem influenciar o eleitorado, suspenda o "Dossier de Imprensa" porque os jornalistas podem analisar e provocar mudanças no sentido de voto, suspenda o "Tem a Palavra" com dois deputados da Assembleia da República e, pelos mesmos motivos, até suspenda do programa "Prolongamento", o ex-árbitro de futebol Emanuel Câmara, como se ele ao dizer que uma determinada situação justificava a marcação de um "penalty" influenciasse o sentido de voto do eleitorado. Ridículo. Ainda seria admissível nas duas semanas de campanha eleitoral, mas uma distância tão considerável é caso para dizer... por favor, não brinquem connosco.
1 comentário:
Mas de que +e que estava á espera Snr.deputado?. A verdade é que foi o seu partido que colocou na RTP Madeira os actuais dirigentes colocando de lado verdadeiros profissionais em detrimento de verdadeiros camaleões..psd de cá enquanto deu e depois ps de lá porque interessava.Mas pergunte como é que aconteceu ao deputado maximiano..
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