O vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Dr. Bruno Pereira, garantiu ontem ao DIÁRIO que pode haver "novidades", nos próximos meses, quanto a um novo projecto, a desenvolver na cidade do Funchal, dentro do conceito 'Park & Ride'. Este posicionamento da Câmara é preocupante pois dá a entender que a autarquia continua a não dominar o grave problema da circulação automóvel. A autarquia fala de "novidades" e de qualquer coisa do "tipo" "park & ride". Ora bem, há muitos anos que este problema está diagnosticado e com o equacionamento das consequentes respostas. Portanto, não há que inventar seja lá o que for. Por um lado, a zona baixa da cidade tem as suas características e, por outro, são conhecidas as respostas adequadas a essas características. Ademais, há múltiplos exemplos por essa Europa fora pelo que bastaria bom senso e coragem política para resolver o problema e, certamente, há muito, estaria, no mínimo, esbatido.
Constitui um erro esta atitude de faz-que-anda-mas-não-anda, de se falar de um conceito tipo "park & ride", que não se sabe o que é, conceito esse empurrado para depois das eleições autárquicas quando, paradoxalmente, continuam com uma política que abre espaço para uma cada vez maior pressão automóvel sobre a cidade. O Funchal já dispõe de cerca de 11.000 lugares de estacionamento e em construção está um monumental parque no porto do Funchal e estão previstos mais 150 lugares no quarteirão do Castanheiro o que elevará a oferta para cerca de 13.000 lugares até ao final do ano. E a Câmara apresenta estes dados como uma vitória! Hoje é a linha "Eco", amanhã, é uma ciclovia numa zona que não resolve o problema da cidade e os anos passam-se e a carga sobre a cidade aumenta. Pois bem, ou dispomos da opção "park & ride" ou não; ou se criam as ciclovias ou não; ou se avança para as ligações horizontais aos concelhos limítrofes ou não; ou se repensam os movimentos pendulares ou não; ou se buscam soluções integradas ou não; ou se aposta em novos hábitos a aprender ou não. A questão é esta e não outra. Tudo o resto constitui paleio, conversa de treta que não resolve nada. E o problema é cada vez mais preocupante face ao número de automóveis em circulação no Funchal.
Só uma curiosidade. No programa eleitoral do PS-M de 1997 e, depois, o de 2001, pode-se ler no âmbito das medidas inadiáveis: "(...) Resolver o problema do tráfego e dos transportes, batalha prioritária da autarquia no horizonte dos próximos dez anos, apostando nos transportes alternativos não poluentes e na rede de parques dissuasores". Mas já em 1993 se falava disto, pelo que esta é uma história com barbas e que, infelizmente, a Câmara do Funchal continua a empurrar com a barriga!
Constitui um erro esta atitude de faz-que-anda-mas-não-anda, de se falar de um conceito tipo "park & ride", que não se sabe o que é, conceito esse empurrado para depois das eleições autárquicas quando, paradoxalmente, continuam com uma política que abre espaço para uma cada vez maior pressão automóvel sobre a cidade. O Funchal já dispõe de cerca de 11.000 lugares de estacionamento e em construção está um monumental parque no porto do Funchal e estão previstos mais 150 lugares no quarteirão do Castanheiro o que elevará a oferta para cerca de 13.000 lugares até ao final do ano. E a Câmara apresenta estes dados como uma vitória! Hoje é a linha "Eco", amanhã, é uma ciclovia numa zona que não resolve o problema da cidade e os anos passam-se e a carga sobre a cidade aumenta. Pois bem, ou dispomos da opção "park & ride" ou não; ou se criam as ciclovias ou não; ou se avança para as ligações horizontais aos concelhos limítrofes ou não; ou se repensam os movimentos pendulares ou não; ou se buscam soluções integradas ou não; ou se aposta em novos hábitos a aprender ou não. A questão é esta e não outra. Tudo o resto constitui paleio, conversa de treta que não resolve nada. E o problema é cada vez mais preocupante face ao número de automóveis em circulação no Funchal.
Só uma curiosidade. No programa eleitoral do PS-M de 1997 e, depois, o de 2001, pode-se ler no âmbito das medidas inadiáveis: "(...) Resolver o problema do tráfego e dos transportes, batalha prioritária da autarquia no horizonte dos próximos dez anos, apostando nos transportes alternativos não poluentes e na rede de parques dissuasores". Mas já em 1993 se falava disto, pelo que esta é uma história com barbas e que, infelizmente, a Câmara do Funchal continua a empurrar com a barriga!
Nota:
Fotos da obra em curso no porto do Funchal.
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