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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NÃO SEI SE É UMA QUESTÃO DE LATA OU DE VASILHA


Mas o dia chegará, ao jeito de um qualquer grito do "Ipiranga", não de independência, mas de libertação do sufoco de uma política tipo "pronto-a-vestir", quando precisamos de diversidade, alta costura e por medida! Para que as pessoas deixem de ser marginalizadas, para que todos, mas todos, possamos ser construtores do nosso futuro colectivo, em Liberdade e em Democracia.


A cadeira do poder
cada vez mais desengonçada!

"Não estamos numa democracia em Portugal. As pessoas que se opõem ao sistema político são marginalizadas". Esta frase tem autor, o Presidente do Governo Regional da Madeira. É de pasmar, tal, permitam-me a palavra, a lata para assumir uma declaração daquelas. Há aqui qualquer coisa de fazer dos outros ou pensar que os outros são uns parvalhões, que todos nós somos uns mentecaptos, que nos esquecemos da práxis política do regime, que a Democracia e a Liberdade, por aqui, não está cerceada. É a declaração típica de Frei Tomás: "olha para o que ele diz, mas não para o que faz". Exactamente isso. No fundo, arrasta para os outros, para os de lá, aquele que é o seu sentimento e prática diária.
São exemplos desse comportamento, o afastamento de pessoas, as críticas que são feitas, os processos em Tribunal porque alguém teceu considerações, muitas vezes técnicas e ou científicas, mas que não foram do agrado do regime, é o controlo das instituições públicas e privadas, são os apelos à justiça por mãos próprias, são as declarações ofensivas da dignidade e que são geradoras de medo, enfim, o rol dos directa ou indirectamente marginalizados é extenso e, não obstante, o autor tem a distinta lata de dizer que lá é que não se vive a democracia.
Pelo menos, no espaço Continental, digo eu, existe alternância de poder, enquanto aqui, há 34 anos, que é servido o mesmo prato político. E não é por ausência de alternativa, pela inexistência de melhores quadros do que aqueles que governam a Região, pelo contrário, eles existem, só que os constrangimentos são de tal ordem, o controlo absoluto é tão evidente, a política do eucalipto ganhou tantas raízes que tudo se torna mais complicado. Mas o dia chegará, ao jeito de um qualquer grito de "Ipiranga", não de independência, mas de libertação do sufoco de uma política tipo "pronto-a-vestir", quando precisamos de diversidade, alta costura e por medida! Para que as pessoas deixem de ser marginalizadas, para que todos, mas todos, possamos ser construtores do nosso futuro colectivo, em Liberdade e em Democracia.
Ilustração: Google Imagens. 

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro amigo

É por demais evidente que o Dr. Jardim se prepara para encetar uma brilhante carreira de humorista. Primeiro, foram aquelas piadas sobre o abandono do poder (em que abundaram delfins desesperados...); depois, há bem pouco tempo, afirmando que não estava disponível para vigarices (esta foi forte!) e, por fim, rematou com esta excelente anedota que o meu amigo, e muito bem, aqui refere.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Lamentavelmente, com as suas "anedotas" todos os madeirenses e porto-santenses não vão sorris mas chorar no futuro. A factura a pagar é muito pesada.
Eu lamento!
Obrigado e um Bom Ano para si e toda a sua Família.