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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PORTUGAL (MADEIRA): INJUSTIÇAS GERACIONAIS E PERDA DE INDEPENDÊNCIA (AUTONOMIA)!


Portugal (Madeira) sempre apostou no consumo interno, despesa pública e não no investimento e exportações, tão necessários para a criação de riqueza e crescimento económico. O país (Região) precisa alterar o seu modelo social e económico. Entendo que a solução das questões económicas não pode voltar a ser adiada e as questões sociais, como o desemprego e a pobreza não podem ser vistas isoladamente, porque só há Estado Social, se houver dinheiro para distribuir!

Com 6 mil milhões de dívidas,
será que a culpa é dos outros?
Estou fora da Região e na viagem aproveitei para ler o DN de forma mais aguçada. Detive-me no artigo de opinião da Senhora Deputada Vânia de Jesus (PSD), pessoa por quem tenho apreço pela sua forma de relacionamento. Peço, por isso, que não leve a mal esta ADAPTAÇÃO à Madeira do seu artigo. Faço-o porque o achei interessante e porque, todos já percebemos e desde há muito, que o vosso "chefe" deve ter determinado que toda e qualquer intervenção tem de ser para fora. Análises locais, zero. 
Vamos então ao seu artigo, substituindo, apenas algumas palavras. Creia que acaba por fazer um filme a preto-e-branco da Região. 

"A situação económica de um país (Região) é sempre resultado das políticas que são adoptadas pelos seus governantes. Durante muito tempo o Governo de José Sócrates (Alberto João Jardim) desculpou-se com a crise internacional para justificar o estado de coisas a que chegámos. A crise internacional é um facto, sabemos que teve influência na Europa e no Mundo, entendo é que não vale a pena insistir nisso, porque o fenómeno apenas antecipou o que já estava latente e era previsível.
Portugal (Madeira) está endividado(a) e encontra-se numa situação difícil e vulnerável do ponto de vista económico, financeiro e social, nomeadamente no que respeita ao desemprego.
A noção destes problemas deve ser para todos nós a assumpção de um desafio maior a vencer e a começar já em 2011! Pois os efeitos secundários ou colaterais das soluções impostas pelo Governo da República (Regional) são geradores de injustiças sociais e geracionais!
Lançaram-se e aumentaram-se impostos exactamente nas áreas que permitem alguma poupança e efectuaram-se cortes sociais em sectores que compete ao Estado (Região Autónoma) proteger!
Verificamos que são constantes os apelos para a redução do défice, às empresas para que sejam mais eficientes, ao trabalho para que seja mais flexível e produtivo, às famílias para que poupem mais. Mas pergunto: será possível fomentar a poupança quando atacam-se os salários, aumenta-se o IRS, ou quando se cortam os abonos de família?! Não creio! Com isto, apenas estamos a reduzir, cada vez mais, o nível de subsistência das pessoas.
Relativamente às empresas, são precisas políticas estruturantes. Hoje as insolvências têm sido em grande número e diariamente são muitas, particularmente, as pequenas e médias empresas, que lutam pela sua sobrevivência, e que assistirão ao agravamento das suas contribuições para a segurança social, já a partir do dia 1 de Janeiro de 2011, data de entrada em vigor do código contributivo.
Portugal (Madeira) sempre apostou no consumo interno, despesa pública e não no investimento e exportações, tão necessários para a criação de riqueza e crescimento económico. O país (Região) precisa alterar o seu modelo social e económico. Entendo que a solução das questões económicas não pode voltar a ser adiada e as questões sociais, como o desemprego e a pobreza não podem ser vistas isoladamente, porque só há Estado Social, se houver dinheiro para distribuir!
Não deixa de ser curioso, e termino com esta reflexão, de que a actual dependência do País (Região) em relação ao exterior, que o torna refém dos investidores externos e da dívida, leva a que hoje o Estado Português (Região Autónoma) sinta os constrangimentos e as dificuldades financeiras (...)!"
Senhora Deputada da Nação, afinal, para que serve a Autonomia? Será sinónima de responsabilização ou de gastar e outros que paguem a factura?
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

Vilhão Burro disse...

Senhor Professor
Desculpe-me,mas isso não se faz!
A Menina Deputada é tão bonitinha!
A gente gosta de olhar para ela e não se importa com o que ela diz...
Para isso,em contraponto,existe a Dra.Ferreira Leite,que o pessoal fecha os olhos e não tem outro remédio senão ouvir...porque não se tem tampões para as orelhas.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Ela não leva a mal, mas por ser jovem, necessita que outros façam pensar em outras realidades tão próximas.