Já não há mais espaço para blá, blá, não há mais tempo para silêncios comprometedores, não há mais lugar para os "Tarik Aziz" da maioria, não há mais tempo para a hipocrisia daqueles que, no escritório de advogados, falam a verdade perante os microfones da comunicação social e, na Assembleia, defendem a manutenção do sistema, enfim, não há mais espaço para a colossal mentira que andam a vender. É tempo de ação e de salvação da Madeira.
A situação é dramaticamente explosiva. Todos os observadores e analistas entendem que a Madeira não vai conseguir honrar o compromisso assumido e, mesmo que tente, toda a população sofrerá as consequências desta tripla austeridade a que um homem, em nome de um partido, conduziu a Madeira. Não se trata de fazer, apenas, um exercício entre as necessidades financeiras e as capacidades internas de resposta, trata-se, sobretudo, de olhar para todo o quadro social que, diária e velozmente, emerge de todos os setores. Está aos olhos de quem quer ver com visão política e não apenas partidária. A situação que já era muito complexa entrará, agora, em um patamar de total aflição. Todos os dias, representantes de associações empresariais, sindicatos de vários setores de actividade, cidadãos anónimos, todos os dias, repito, assistimos a declarações preocupantes perante a passividade daqueles que deveriam estar atentos ao que se está a passar. Já não há mais espaço para blá, blá, não há mais tempo para silêncios comprometedores, não há mais lugar para os "Tarik Aziz" da maioria, não há mais tempo para a hipocrisia daqueles que, no escritório de advogados, falam a verdade perante os microfones da comunicação social e, na Assembleia, defendem a manutenção do sistema, enfim, não há mais espaço para a colossal mentira que andam a vender. É tempo de ação e de salvação da Madeira. E isso implica, do meu ponto de vista três medidas para uma solução:
1ª O Presidente da República, de uma vez por todas, deixar a sua figura institucional cinzenta e intervir, rapidamente, no processo Madeira, sob pena de ser corresponsável pelo desastre social na Região. Intervenção que implica uma urgente audição às forças políticas nacionais e regionais, no sentido de uma rigorosa avaliação ao Estado da Região.
2ª O governo regional, liderado pelo Dr. Alberto João Jardim, tomar a iniciativa de demissão do mandato que lhe foi conferido, com todas as consequências legais subsequentes, no quadro de um governo de gestão.
3º Suspensão imediata do acordo de reajustamento financeiro, salvaguardando os compromissos regionais inadiáveis, tendo em vista a sua revisão e elaboração de um plano, negociado e subscrito pelos partidos com assento parlamentar, no quadro Constitucional, da solidariedade face às dificuldades de uma região ultraperiférica e das reais possibilidades em honrar compromissos.
Com esta configuração ou outra melhor estruturada, a Região Autónoma da Madeira precisa de uma solução sob pena de uma catástrofe social. Uma coisa parece-me certa: quem a este beco conduziu a Região não pode ser a solução do problema. Por mim: RUA, por incapacidade negocial e público e notório descrédito.
Ilustração: Google Imagens.
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