Que fique claro, convicções políticas à parte, que nutro pelo Deputado Lino Abreu a maior consideração e estima. Sou seu Amigo. Mas, manda a honestidade, (ele sabe que assim foi), que diga que pertenceu ao Deputado Carlos Pereira, a liderança das grandes análises, críticas, denúncias e propostas no campo da economia e das finanças regionais. Não estou a dizer que o CDS/PP não foi participativo ou que teve uma postura sombria. Não é isso. O que quero transmitir, à luz dos factos, é que quando falam de "Ideias Claras" eu diria que se tratam, na generalidade, de "Ideias Repetidas".
Não só algumas ideias boas não são originais, como algumas originais não são boas. Posso então concluir que, por mais que alguns se esforcem, algumas ideias não são nem boas nem originais. Li isto algures e há muito tempo. E tem-me servido de reflexão quando proponho alguma coisa. É sempre bom não ter a memória curta, ter cuidado com as posições que outros já assumiram (coloca-se aqui a questão do plágio), o que implica, por exemplo, no plano político, não andar a reboque daquilo que outros já adiantaram. E vem isto a propósito de algumas posições (propostas) do CDS/PP que, embora boas, não são originais. Esta legislatura está agora a começar e, portanto, parece-me lógico que se olhe, para não ir mais longe, no mínimo, para a última legislatura. E aí, basta vasculhar o Diário das Sessões, tudo, mas tudo, quanto foi dito nos vários sectores da governação e, particularmente, no campo da economia e das finanças. No Diário das Sessões e nas Comissões Especializadas. Que fique claro, convicções políticas à parte, que nutro pelo Deputado Lino Abreu (o que esteve mais envolvido nestas questões) a maior consideração e estima. Sou seu Amigo. Mas, manda a honestidade (ele sabe que assim foi), que pertenceu ao Deputado Carlos Pereira, a liderança das grandes análises, críticas, denúncias e propostas no campo da economia e das finanças regionais. Não estou a dizer que o CDS/PP não foi participativo ou que teve uma postura sombria ou cúmplice do governo. Não é isso. O que quero transmitir, à luz dos factos, é que quando falam de "Ideias Claras" eu diria que se tratam, na generalidade, de "Ideias Repetidas". Não há mal nenhum em repeti-las, mas já tenho dificuldade em aceitar que não se sublinhe a origem. Eu sei que, na política, existe esse estranho hábito de fazer do exercício político uma "passerelle", no quadro de um pensamento que se baseia no princípio que a última imagem é que fica, isto é, tudo o que está para trás não conta. Eu sei disso. Eu nunca repeti as ideias dos outros e quando o fiz ou faço, coloco a fonte, o livro e a página. É assim que deveria ser o procedimento normal, inclusive, no debate político.
Ora, dou comigo a ler coisas que já li, propostas que discuti em grupo e que assinei, porém, lançadas por outros nos meios de comunicação social como se fossem originais. Não gosto deste procedimento, pelo que, se me é permitido um pouco de humor, prefiro as gemas às claras.
Ilustração: Google Imagens.
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